Streaming é uma forma de distribuição digital, em oposição à descarga de dados. A difusão de dados, geralmente em uma rede através de pacotes, é frequentemente utilizada para distribuir conteúdo multimídia através da Internet. Nesta forma, as informações não são armazenadas pelo usuário em seu próprio computador. Assim não é ocupado espaço no disco rígido (HD), para a posterior reprodução — a não ser o arquivamento temporário no cache do sistema ou que o usuário ativamente faça a gravação dos dados. O fluxo dos dados é recebido e reproduzido à medida que chega ao usuário, caso a largura de banda seja suficiente para reproduzir os conteúdos, pois se não for suficiente, ocorrerão interrupções na reprodução do arquivo, por problema no buffer.
Isso permite que um usuário reproduza conteúdos protegidos por direitos de autor, na Internet, sem a violação desses direitos, similar ao rádio ou televisão aberta diferentemente do que ocorreria no caso do download do conteúdo, onde há o armazenamento da mídia no HD configurando-se uma cópia ilegal. A informação pode ser transmitida em diversas plataformas, como na forma Multicast IP ou Broadcast. Exemplos de serviços como esse são a Netflix e Hulu (video) e o Spotify e o Youtube Music (música).
No Brasil, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que essa modalidade de distribuição de dados é fato gerador para cobrança, pelo ECAD, relativamente à exploração econômica do titular do direito autoral. Neste sentido: "A transmissão de músicas por meio da rede mundial de computadores mediante o emprego da tecnologia streaming (webcasting e simulcasting) demanda autorização prévia e expressa pelo titular dos direitos de autor e caracteriza fato gerador de cobrança pelo ECAD relativa à exploração econômica desses direitos".
Em janeiro de 2017, os DVDs e Blu-rays deixaram de ser o meio mais lucrativo para distribuição de mídia no Reino Unido, sendo ultrapassados pelo download digital e streaming. Por outro lado, uma pesquisa feita pela Rolling Stone nos Estados Unidos de janeiro de 2019 a julho de 2020 mapeou o consumo de streaming feito pelos usuários e apontou que o "catálogo infinito" desses serviços não diminuiu a "desigualdade musical" na internet. 1% dos artistas ficam com mais de 90% do público desses serviços.
Atualmente, com o advento de tecnologias como o ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line), a Internet via cabo, rádio, WiMAX e fibra ótica, permitem novos serviços na Internet, como o vídeo sob demanda (on demand). Também é possível assistir a vídeos em streaming via smartphones por meio de aplicativos próprio exigindo um conexão de dados ou através do wifi. É uma tecnologia que tem possibilitado a muitas pessoas, em todo o mundo, terem acesso a diversos tipos de conteúdos de diferentes países a um custo relativamente baixo, geralmente o usuário paga uma taxa fixa para ter o serviço disponível 24 horas por dia, sete vezes por semana dando a ele uma maior liberdade e flexibilidade de horário, não ficando preso aos horários do conteúdo transmitido pela televisão. Esse é um dos principais fatores para a enorme popularidade desse tipo de serviço. Essa tecnologia está inserida na computação em nuvem (em inglês, cloud computing) pois os dados de mídias transmitidos para o usuário ficam armazenados em servidores (Servers), computadores que possuem uma enorme capacidade de armazenamento de dados e estão conectados a internet de alta velocidade que permite a transmissão de arquivos de melhor qualidade mesmo para locais muito distantes. Com a Pandemia, os serviços de Streaming acelerou, pois as pessoas não querem mais os produtos, mas os serviços.
A distribuição de dados pode ser feita de várias formas, seguindo a estrutura:
Protocolos: como os dados serão transmitidos e a estrutura de distribuição (HTTP, MMS, RDP, RTP, RTSP, UDP, Real Time Messaging Protocol);
Formatos de arquivos: o formato do mídia a ser distribuído (mp3PROhard, QuickTime, AVI, Ogg Vorbis).
O streaming só é possível graças às diferentes peças de software que comunicam em diversos níveis, ou mais recentemente o ROLAND VR-5, dispositivo AV Mixer & Recorder[ligação inativa].
Player: o software que permite que os usuários reproduzam os arquivos multimídia;
Servidores: o distribuidor e seu software que distribuem os conteúdos para os usuários, utilizando um protocolo definido.
Os protocolos Internet empregados na distribuição de arquivos de streaming — o UDP e RTSP — realizam a distribuição entre um servidor de streaming e um player com muito mais qualidade. Esta qualidade é alcançada graças a arquitetura que prioriza a distribuição em fluxos contínuos. Quando TCP e HTTP são usados e encontram uma falha em entregar um pacote de dados, eles tentam repetidamente enviar aquele pacote de dados até que este seja entregue com sucesso. UDP continua a enviar os dados mesmo se ocorrer perda dos mesmos, o que permite uma experiência em tempo real, que é uma das principais características do streaming.
Formatos de descrição:
session description protocol (SDP) — Protocolo de Descrição de Sessão (SDP)
Synchronized Multimedia Integration Language (SMIL) — Linguagem de Integração Sincronizada de Multimídia (SMIL) é uma aplicação simples para a criação e apresentação de rich media ou "multimídia" (áudio/vídeo). Saiba mais sobre este padrão XML usado frequentemente para recursos de animação em outras linguagens.
Rádio Internet — A vantagem para a estação de rádio da Internet é que ela pode alcançar um grande público alvo que, por várias razões (como o alcance territorial limitado do sinal de rádio), não tinha conhecimento de uma estação em outro lugar. Há que esclarecer que não só as estações de rádio FM e AM emitem através da Internet, uma vez que nos últimos anos tem havido um crescimento exponencial do número de estações de rádio que emitem exclusivamente através da Internet.
TV por Internet — Desde o final da década de 1990, as tentativas de criar uma televisão pela Internet fracassaram, devido à considerável largura de banda requerida pelo sinal de vídeo; no entanto, o interesse neste tipo de comunicação pública ressurge com o grande sucesso do YouTube e a expansão do ADSL.
Há alguns anos, era impensável assistir a seriados e programas estrangeiros sem recorrer à pirataria ou TV por assinatura – nos canais brasileiros abertos, o conteúdo chega até hoje cortado, com muito tempo de atraso e em horários nada acessíveis.
Essa situação mudou completamente pela revolução do streaming. Serviços como Netflix, Crackle, Hulu e Amazon Instant Video (os dois últimos só operam nos Estados Unidos) contam com um catálogo bastante vasto de filmes, séries e shows que transformaram a indústria do entretenimento. De repente, ganhamos acesso a locadoras virtuais com lançamentos e clássicos por mensalidades justas em um sistema de transmissão imediato e confortável. Tudo parecia caminhar para uma “derrocada” das TVs a cabo e a vitória da internet.
Porém, essas mudanças são acompanhadas de um preço que só é definido depois de muitos contratos e negociações. Por ser uma área totalmente nova e que se mostrou rentável, é natural que mais empresas lancem transmissões por pura ganância, sem pensar nas consequências que essa explosão de novos serviços pode causar.
É isso mesmo: às vezes, menos é mais. No caso do streaming, um problema do futuro próximo é justamente a vontade de canais e produtoras de oferecer a você uma alternativa.
HBO: o começo da revolução
Com seriados e telefilmes de qualidade que competem sem dificuldade com grandes canais e estúdios de Hollywood, a HBO ganhou segurança para lançar um serviço de streaming exclusivo para seus conteúdos.
O HBO Now pode ser assinado por quem não é cliente de qualquer operadora e é o grande motivo que faz com que você não tenha Game of Thrones na Netflix, por exemplo. Por US$ 15 mensais, já é possível assistir à quinta temporada do seriado ao mesmo tempo em que ela é exibida nos televisores por assinatura.
Como bem disse a Forbes, a HBO “abriu as comportas” para que outros canais adotem a mesma estratégia. A NBC também já anunciou o streaming de suas redes locais, enquanto a ABC, da Disney, tem uma estratégia parecida – sem contar o Disney Movies Anywhere. Já a Apple, que deve buscar uma nova alternativa para transmitir conteúdos online, tem várias parceiras de peso, mas parece perigosamente afastada com a gigante Comcast, que é dona de produtoras como a Universal.
Fonte:
Tec Mundo
https://www.tecmundo.com.br/streaming/78653-futuro-streaming-ter-opcoes-ruim-voce.htm
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