Significado Mentira
Ação ou efeito de mentir; engano, ludíbrio. Hábito, costume ou vício de mentir; falsidade.Afirmação que não condiz com a verdade nem com a realidade. Ideia equivocada; aspecto ou aparência que induz em erro.Principais motivos que levam as pessoas a mentir
EQUIPE DE PSICÓLOGOSComo já dito, a mentira é um comportamento aprendido pelas crianças. E isso acontece por que elas são cercadas por adultos que mentem. O primeiro impulso para a mentira surge quando elas pretendem tirar vantagens e privilégios.
Independentemente do porquê as pessoas mentem, é importante lembrar que a mentira costuma trazer danos a todos os envolvidos, inclusive ao mentiroso. Confira os principais motivos que levam as pessoas a mentirem.
1. AutodefesaA mentira funciona, neste caso, como autopreservação. Mesmo correndo riscos, ela aparece como como mecanismo de proteção.
A baixa autoestima, falta de alto controle e outros motivos como ansiedade e depressão podem contribuir para essa necessidade de autodefesa pela mentira.
2. Controle
Pessoas controladoras são adeptas da mentira. A ideia de manter o controle das situações faz com que a mentira pareça ser necessária para manter o poder.
3. MedoPor vários motivos, mentir equivale a não confrontar o problema diante de si. É mais fácil mentir do que decepcionar outra pessoa, por exemplo.
A fim de não perder a aceitação social e individual, sua imagem e reputação, a mentira acaba sendo subterfúgio.
4. InclusãoSentir-se incluído em um grupo social ou fazer parte de algo para pessoas com estes déficits emocionais, faz da mentira um verdadeiro remédio.
Uma simples mentira pode virar uma fantástica história e aventura pessoal para ouvintes sedentos de experiências fantásticas.
5. Aumentar a verdadeAs histórias reais contadas podem parecer, por vezes, insípidas e sem graça. Por este motivo, a pessoa cria e aumenta um volume à circunstância que não existia na realidade.
“Florear” a realidade é criar memórias fascinantes. Por outro lado, também existe aquelas pessoas que contam histórias e mentiras porque justamente elas adorariam que esses relatos fossem verdadeiros, sem ao menos terem acontecido.
Vendo isso, aqui está alguns personagens mentirosos
Barão de Münchhausen
Hieronymus Karl Friedrich von Münchhausen nasceu em Bodenwerder, Eleitorado de Brunswick-Lüneburg, descendente de uma importante e nobre linhagem do ramo de Rinteln-Bodenwerder, uma família aristocrática do condado de Brunswick-Lüneburg. Foi um dos oito filhos do Tenente Coronel de Cavalaria Georg Otto von Münchhausen (*1682 † 1724), Senhor de Rinteln e Bodenwerder, e de Sibylle Wilhelmine von Reden de Hastenbeck (*1689 † 1741). O seu pai faleceu quando Karl Friedrich tinha apenas quatro anos, tendo sido criado pela mãe.
Seguindo a tradição aristocrática, aos treze anos foi enviado para a corte de Brunswick em Wolfenbüttel. Em 1737 servia como pagem do Duque Anton Ulrich von Braunschweig- Wolfenbüttel, o futuro marido de Anna Leopoldowna, sobrinha e herdeira designada da imperatriz Anna da Rússia. Tendo de provar o seu valor junto da aristocracia russa, o jovem Duque seguiu para S. Petersburgo, onde se alistou nas tropas militares russas. Em Dezembro de 1737, Münchhausen seguiu-o, onde chegou em Fevereiro de 1738, tendo participado na guerra Russo-Austríaca contra o império Otomano (1736–1739). Muito provavelmente, a fantástica história da "viagem na bola de canhão" tem origem em acontecimentos ocorridos durante o cerco da fortaleza de Ochakov, na Criméia Otomana, pelo comandante russo von Munnich.
Em 1739 Münchahusen foi nomeado alferes do regimento de couraceiros de Braunschweig ("Braunschweig Cuirassiers") pela Imperatriz Anna Ivanovna da Rússia, cujo comandante era Anton Ulrich. Os Couraceiros estavam estacionados em Riga e participaram já com Münchhausen na Guerra Russo-Sueca (1741-1743). Em 1740 Munchausen foi nomeado tenente.
A carreira militar de Münchhausen prometia ser brilhante sob a égide do seu patrono, mesmo após a morte da Czarina Anna, pois o único filho de Anton Ulrich foi proclamado Czar da Rússia como Ivan VI. Mas todas as esperanças caíram por terra no ano de 1741 quando, estando Münchhausen estacionado em Guelph com a sua comitiva, se deu uma violenta reviravolta do trono russo, quando Elizabeth, prima da falecida czarina Anna, e filha de Pedro, o Grande, afastou o czar Ivan VI de um ano de idade do trono, aprisionando-o e a toda a sua família. Apesar de Münchhausen ter saído ileso desta revolução - por se encontrar em combate na Finlândia, a sua carreira militar estagnou. Ainda seria necessária uma década até ser, em 1750, promovido a Capitão de Cavalaria. Os anos passados em Riga, onde a sua guarnição estava estacionada, influenciaram sobremaneira a forma de Münchhausen contar histórias, que muito entretinham o seu círculo de amizades germânicas e bálticas.
Convidado por várias vezes para participar da caça aos patos pelo seu amigo, o aristocracia báltico Georg Gustav von Dunten, na sua propriedade rural de Ruthern, na Livónia (actual Dunte, na Letónia), diz-se que foi nas tabernas locais que Münchhausen se revelou então um prodigioso contador de história. Foi também aí que o Barão conheceu a filha do seu amigo, Jacobine von Dunten, a qual desposou a 2 de Fevereiro 1744 na igreja da aldeia de Pernigel (Liepupe).
Em 1750, Münchhausen obteve licença do exército e retornou à Alemanha, à agora sua propriedade de , onde viveu mais 40 anos, felizes mas sem filhos. Viveu a vida de um Senhor rural, gerindo a sua propriedade e mantendo relações com os Senhores seus vizinhos, cujo passatempo favorito era a caça. Nestas reuniões de amigos, começou então a criar a sua reputação de contador de histórias. Muitos convidados vinham de longe longe só para o ouvir as suas histórias fabulosas, de entre os quais, possivelmente também o então diretor do Museu de Kassel, Rudolf Erich Raspe. Os primeiros três destes contos foram publicados em 1761 pelo Conde Rochus Friedrich zu Lynar, cujo irmão Moritz Karl, fora, nos tempos de São Petersburgo, amante da mulher do Duque Anton Ulrichs, Anna Leopoldowna; Rochus Lynar era, em 1749, embaixador naquela cidade, e de 1752 a 1765 governador em Oldenburg; não longe dali, em Daren bei Vechta, viva Anna von Frydag, irmã de Münchhausens, através da qual é possível que os dois se tenham encontrado novamente.
Capitão Urso Azul
Capitão Urso Azul e Suas Histórias de Marinheiro é um segmento regular da série de televisão infantil alemã ''Die Sendung mit der Maus'', o personagem foi criado pelo romancista e artista de quadrinhos Walter Moers. Capitão Urso Azul é um urso antropomórfico de pele azul, outros personagens são o seu colega marinheiro Hein Blöd e seus três netos (pequenos ursos que têm pêlo amarelo, verde e rosa), todos vivendo com Capitão em um navio encalhado em um penhasco. Um episódio consistiria geralmente de Capitão contando uma história de veracidade duvidosa para seus netos, com a narrativa do quadro sendo feita com bonecos animados e a própria história do Capitão sendo um curta-metragem tradicionalmente animado. As histórias sempre tomam a forma de um conto alto e geralmente têm o Capitão Urso Azul superando algum obstáculo inacreditável ou um adversário aparentemente todo-poderoso que ameaça afundar o navio do Capitão. Os ursinhos habitualmente duvidam da veracidade dos contos do avô, enquanto Hein Blöd atua como um alívio cômico.
Dom Quixote de La Mancha
João Grilo ( Auto da Compadecida)
João Grilo figura como protagonista nos contos portugueses, a exemplo de João Ratão (ou Grilo), dos Contos tradicionais do povo português, de [Teófilo Braga], e da História de João Grilo, dos Contos populares portugueses, de Consiglieri Pedroso. Outro grande etnógrafo português, Adolfo Coelho, incluiu em seus Contos nacionais para crianças o Doutor Grilo, ao passo que Francisco Xavier de Ataíde Oliveira, na obra Contos tradicionais do Algarve, coligiu o conto O adivinhão. Sem ser nominada, a personagem figura, ainda, nos Contos tradicionais do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo, na história Adivinha, adivinhão. Na obra Antologia do Cordel Brasileiro, o pesquisador Marco Haurélio cita talvez a mais antiga aparição da personagem em uma obra literária: "a menção mais antiga que conheço é da introdução do Pentamerone, de Giambattista Basile (1634-36). Basile nos fala de passagem de certo Maestro Grillo, protagonista de uma obra cômica, Opera nuova piacevole da ridere de um villano lauratore nomato Grillo, quale volse douentar medico, in rima istoriata (Veneza, 1519). Grillo, fingindo-se de médico, faz com que uma princesa sisuda ria pela primeira vez. Angelo de Gubernatis, na Mitologia zoológica, segundo Teófilo Braga, afirma: “Na Itália, quando se propõe um enigma para ser adivinhado, ajunta-se ordinariamente como conclusão as palavras – Indovinala, grillo! (adivinha, grilo)”. Orientalista, Gubernatis, fazendo coro aos estudiosos de seu tempo, associa a expressão ao idiota fingido que acaba por revelar-se esperto, interpretando-o como o sol que, mesmo envolvido na nuvem, ou durante a noite, a tudo vê. Um evidente exagero. Mas a expressão popular vem ao encontro do João Grilo adivinhão que figura, além do folheto de Pedro Monteiro, na última parte das Proezas de João Grilo.”
Pedro Malasartes
Segundo Câmara Cascudo "Pedro Malasartes é figura tradicional nos contos populares da Península Ibérica, como exemplo de burlão invencível, astucioso, cínico, inesgotável de expedientes e de enganos, sem escrúpulos e sem remorsos." A menção mais antiga do personagem é na cantiga 1132 do Cancioneiro da Vaticana, datado do século XIII e XIV:
Pinóquio
No romance, Geppetto explica que se chama Pinóquio porque é um nome muito conhecido:
“ Que nome lhe darei? - disse para si mesmo - Quero chamar-lhe Pinóquio. O nome dar-lhe-á sorte. Conheci uma família inteira de Pinóquios. Pinóquio o pai, Pinóquia a mãe e Pinóquios os meninos e todos estavam bem. O mais rico deles pedia esmola. ”
A origem do nome não é clara: se é verdade que pinóquio significa pinhão, existem muitos outros nomes similares com pin, que derivam de Pino, alcunha diminutiva de Giuseppino (diminutivo de Giuseppe - José em italiano) como o próprio Geppetto ou também de Filipino (de Filipe) e Iacopino (de Iacopo - Jacó). Por outro lado, Pinóquia indicava, no dialeto toscano antigo, uma galinha ou uma mulher pequena e um pouco gorducha, mas bem proporcionada.
No sentido de pinhão, pode-se resumir simbolicamente as características do personagem, como evidenciou também Gérard Génot: A "semente" como valor "filial, infantil", no seu próprio ser "de madeira", enfim "a carne na madeira, a germinação na dureza".
Outros preferem reclamar algum topônimo toscano que poderia ter sugerido o nome a Collodi. Em Colle di Val d'Elsa, onde foi aluno do seminário episcopal local[nota havia uma fonte chamada "Fonte do Pinóquio". Segundo alguns poderia ter tomado também do moderno San Miniato Basso, que se chamava na época "Pinóquio", que é também o nome do rio que corre no meio da vila. Era uma localidade que Collodi conhecia bem: o pai de Carlo Lorenzini, Domenico, tinha morado por muitos anos na zona de Pinóquio trabalhando como cozinheiro em casa de uma rica família do lugar.
Fonte:
Psicólogos Berrini
https://www.psicologosberrini.com.br/terapia-cognitivo-comportamental/porque-pessoas-mentem/
Dício
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