A História do Marinheiro Popeye


O cartunista Elzie Crisler Segar, nascido na cidade de Illinois, nos Estados Unidos da América (EUA), jamais pensou que seu personagem chamado de “Popeye” faria tanto sucesso. Os primeiros desenhos criados por Segar, foram baseados nos filmes de Charles Chaplin, os quais ele assistia enquanto trabalhava em um projetor de cinema. Até que um dia, o autor e ilustrador Richard Felton Outcault incentivou Segar a enviar seus desenhos para a imprensa. Em 1916, teve suas primeiras tiras sobre Chaplin publicadas em um jornal de Chicago. Em 1918, passou a se apresentar no Chicago Evening American, um jornal vespertino. Após isso, foi convidado a fazer parte da série “Timble Theatre”, do New York Journal. Em 1929, finalmente nascia o marinheiro, como um personagem secundário nessa tira (ver imagem abaixo). Mas, o que era para ser apenas mais um personagem, logo tomou conta do centro das atenções, tornando-se um dos personagens de quadrinhos e animação mais famoso de todos os tempos.

Da esquerda para a direita: Popeye, Olivia, Brutus, Dudu e Gugu.

Popeye é um marinheiro, dotado de uma grande força por conta do seu hábito de comer espinafre. A preferência dele por este alimento é por conta de um estudo científico que comprovava que o consumo da planta fornecia ferro ao organismo. A presença do espinafre no desenho animado aumentou consideravelmente as vendas da erva nos Estados Unidos. Devido sua popularidade, uma estátua de Popeye foi erguida na cidade de Chester, em Illinois. Também existe outra estátua do marinheiro no parque temático Islands of Adventure, em Orlando, nos EUA, já que algumas das atrações do local são baseadas no personagem.


Atravessando gerações, as histórias do Marinheiro Popeye cativaram as crianças de todas as épocas. Popeye gerou um aumento de 70% no consumo de espinafre nos Estados Unidos, porque as mães convenciam os filhos a comerem espinafre alegando que assim eles ficariam fortes. Para o público brasileiro, pode parecer um pouco estranho o espinafre do Popeye ser enlatado, mas o fato é que nos Estados Unidos, sempre foi comum vender espinafre em latas (em sopa ou empapado), assim como também é comum nos Estados Unidos comprar feijão em lata, ou milho enlatado. O espinafre do Popeye não apareceu originalmente nos quadrinhos, ele foi criado apenas para os desenhos de cinema, e só depois foi introduzido também nas histórias em quadrinhos. Nos primeiros quadrinhos, Popeye era bem diferente do que ele seria mais tarde, só se alimentava de carne, e não gostava de qualquer tipo de vegetal ou legume. Após a introdução do espinafre como fonte de superforça e invulnerabilidade de Popeye em vários desenhos ele usa o espinafre como fonte de força inclusive a carros e aviões, num deles (fase Hanna Barbera da Série Espinafre 80) num duelo aéreo com o vilão Brutus usa um aviãoa helice contra um biplano e quando Popeye coloca espinafre no motor este se transforma num ultra moderno caça supersônico F18 Hornet se transformando no Espinafre Jato

Frank 'Rocky' Fiegel, a inspiração do personagem Popeye, foi um marinheiro polonês radicado em Illinois nos Estados Unidos, que sempre andava envolvido em lutas e trêtas.
Frank era conhecido pela sua força descomunal. Fazia adversários muito maiores que ele dá no pé. Também é lembrado pelo seu bom coração e carinho para com as crianças.
Frank 'Rocky' Fiegel

O cartunista Elzie Crisler Segar era vizinho de Frank e criou o personagem Popeye em 1919 para uma tirinha cômica do jornal New York Journal e imortalizou o próprio amigo.
Frank tinha um olho maior que o outro e por isso o cartunista batizou o personagem de Pop-Eye: o nome de uma anomalia em inglês que acomete alguns peixes deixando-os com um dos olhos estufado.
A lata de espinafre que dá força ao marinheiro também existia na vida real e era o lanche de Frank no intervalo de trabalho no porto.

Dora PaskeDora

Olívia Palito foi inspirada numa mulher real chamada Dora Paskel, enquanto o Brutus, foi inspirado num rapaz muito forte que chegou ao porto onde estava Franz 'Rocky' Fiegel, e lutou com ele. Frank - Popeye, claro, ganhou a luta!
Algumas das frases mais usadas pelo personagem são: "I'm Popeye, the sailorman!" ("Eu sou o marinheiro Popeye!"), "I am what I am, and that's all what I am!" ("Eu sou o que sou, e isso é tudo o que eu sou!"), "I'm strong to the finish, cause I eats me spinach!" ("Sou forte até o fim, com espinafre pra mim!"), "That's all I can stands, cuz I can't stands n'more!" ("Isso é tudo que eu posso aguentar, porque eu não aguento mais").
Mas a frase que é traduzida para português das mais diferentes formas é "Well, blow me down!" que significa ao pé da letra: "Bem, ventanias me empurrem!" ("Blow Me Down" é uma frase popular entre piratas ou marinheiros, referindo-se aos ventos empurrarem as velas do navio). Na dublagem brasileira essa mesma frase é substituída por várias outras expressões usadas no Brasil, como: "Macacos me mordam!", que algumas vezes varia também entre "Tubarões me mordam!" e "Camarões me belisquem!" (para fazer referência ao fato de Popeye ser um marinheiro). Outras traduções para "Blow me Down" criadas somente na dublagem do Brasil são: "Pelas barbas do camarão!", que é uma paródia da frase "Pelas barbas do profeta!", também muito conhecida no Brasil, e "Com mil camarões!", paródia da frase "Com mil demônios!", outra expressão comum no Brasil. A única frase usada na dublagem brasileira que mais se aproxima da original "Well, blow me down!" dita na versão em inglês é: "Ventos me levem!", que é usada na tradução de poucos episódios.
O significado do seu nome (pop eye) é "olho estourado", ou também "olho arrebentado" "saltado" ou "arrancado", ele é chamado assim pelo fato de ser um marinheiro caolho. "Pop eye" quer dizer: "pop" = estouro ou saltar / arrancar, "eye" = olho, parecido um pouco com a palavra pipoca que é "popcorn" em inglês: "pop" = estouro, "corn" = milho, "milho estourado". Um fato curioso é que nas animações do início dos anos 30 Popeye era mesmo caolho, e não possuía o seu olho direito, mas em meados dos anos 40 essa característica foi tirada da personagem e ele passou apenas a ficar com um dos olhos fechados, sempre trocando de um para o outro, e às vezes mantendo os dois olhos abertos.
O "Famous Studios" na verdade era o próprio "Fleischer Studios" rebatizado depois de ser comprado pela Paramount Pictures. Durante os anos de 1942 e 1943 o estúdio chegou a produzir 14 curtas ainda em preto e branco, e a partir do episódio "Her Honor The Mare", os desenhos passaram a ser produzidos em Tecnicolor. Nesta época Popeye passou a usar sempre o seu uniforme branco de marinheiro, e deixou de ser um "marinheiro caolho/zarolho", passando a abrir de vez em quando o olho direito, que antes estava sempre fechado, e em alguns momentos ficando com os dois olhos abertos. Olívia, em alguns destes episódios, começou a usar camisetas de mangas curtas e sapatos de salto alto. Ela permaneceu assim até o episódio "Hits and Missiles" ("Os Mísseis") produzido pela King Features Syndicate TV, e depois disso voltou a usar as roupas de antes, permanecendo assim até a década de 70 nas séries do Popeye produzidas pela Hanna Barbera. A dublagem brasileira mais conhecida dessa fase também foi feita em 1996 pela Herbert Richers. Alguns episódios contudo, também tiveram outras dublagens além desta, algumas feitas anteriormente na Cinecastro para as primeiras exibições no Brasil, e outras feitas depois pela BKS, e Marshmallow (essas podem ser encontradas em alguns DVDs não oficiais do Popeye atualmente).
Junto com a "fase Fleischer", os desenhos do "Famous Studios" (feitos para cinema) também nunca chegaram a ser exibidos na Rede Record, que exibiu somente episódios feitos para a televisão, considerados nos Estados Unidos como os mais fracos.
Um dos episódios marcantes da fase do Famous Studios é: Vamos para o Rio "We're On Our Way To Rio" (1944), no qual é mostrado o Brasil. No curta , aparecem Popeye e Brutus andando por terras brasileiras, montados em um boi, cantando e tocando violão, até que eles avistam ao longe a paisagem do Rio de janeiro, e seguem para lá. No Rio, eles param em um restaurante com música, onde encontram uma Olívia Palito vestida de Carmen Miranda, pela qual começam a disputar a atenção. O episódio também mostra Olívia cantando a música "Samba Lelê" em português e em inglês; e Popeye tentando, sem sucesso, dançar samba, e só conseguindo após comer espinafres. Em 1948 também foi produzido "Olive Oyl for President" que era um remake do curta "Betty Boop for President" de 1932. Imagem original em preto e branco onde aparece o personagem Brutus, no episódio: Estou no Exército Agora "I'm in the Army Now" de 1936. A Famous / Paramount continuou produzindo a série Popeye até 1957, com Spooky Swabs sendo o último dos 125 curtas do Famous Studios na série. Paramount, em seguida, vendeu o catálogo de curtas do Popeye a Associated Artists Productions, que foi comprada pela United Artists em 1958 e em 1981 se fundiu com a Metro-Goldwyn-Mayer, que foi comprada pela Turner Entertainment em 1986. Turner vendeu parte da produção da MGM/UA pouco depois, mas manteve o catálogo de filmes, dando-lhe os direitos para a biblioteca de curtas do Popeye. Em 1987 todos os curta-metragens de Popeye produzidos entre 1933 e 1942 em preto e branco passaram por um processo de colorização na Coreia do Sul que foi realizado pela Turner Entertainment que havia adquirido os direitos dos episódios clássicos de Popeye na época. Porém muitos historiadores de animação alegam que a colorização foi realizada de maneira desleixada fazendo com que os curtas perdessem sua qualidade de animação. Além de ter prejudicado alguns dos movimentos da animação, a colorização também cometia certos erros em alguns letreiros dos créditos iniciais (como escrever "Paramount Pictupts" em vez de "Paramount Pictures"); outro erro ortográfico é no episódio "A Clean Shaven Man", onde aparece escrito na vitrina da barbearia do Dudu "Wimby’s Bbep Shop"', enquanto na versão original era "Wimpy’s Barber Shop". A Turner se fundiu com a Time-Warner em 1996, e Warner Bros. (através da sua filial Turner), portanto, atualmente controla os direitos sobre os curtas cinematográficos do Popeye. Estes episódios colorizados foram muito exibidos na TV Paga pelos canais Cartoon Network (nos anos 90 e anos 2000) e Boomerang (em 2005 e no início de 2006) e Tooncast pertencentes a Turner. Porém os dois canais possuem as duas versões dos episódios, as originais em preto e branco e as colorizadas, e exibem tanto uma quanto a outra em sua programação, porem sempre com a mesma dublagem feita na Herbert Richers em 1996. Na TV Aberta os episódios colorizados e dublados em 1996 foram exibidos pela Rede Globo durante 1996 até o início de 2000, e também em 2006 como "tapa-buracos" de madrugada. Depois de passar pela Globo e pelo Cartoon Network, em abril de 2005 esses episódios começaram a serem exibidos também no canal Boomerang aos sábados. O Boomerang chegou a exibir vários destes curtas em ordem cronológica, começando pelo primeiro de 1933 "Popeye the Sailor", até os do final da década de 1950 (do Famous Studios). Essa fase também era exibida.
Embora a maior parte dos desenhos animados do Popeye da Paramount tenham permanecido durante muito tempo indisponíveis em vídeo, os episódios produzidos entre a década de 1930 até a década de 1950, após terem caído em domínio público, foram disponibilizados nos Estados Unidos em numerosas fitas de VHS, e DVDs de baixo orçamento, durante os anos 90 e 2000. Estes curta metragens entraram em domínio público, uma vez que foram produzidos e publicados nos Estados Unidos, entre 1923 e 1963, e seu copyright não havia sido renovado. Entre esses desenhos animados estavam os da década de 1930, produzidos por Max Fleischer no Fleischer Studios, que são em sua maioria em preto e branco, e três em cores: "Popeye the Sailor Meets Ali Baba's Forty Thieves", "Popeye the Sailor Meets Sindbad the Sailor" e "Popeye and His Wonderful Lamp"; os outros eram episódios em technicolor dos anos 50 produzidos pelo Famous Studios. No Brasil, os episódios em domínio público, também foram lançados em fitas nos anos 90 e depois em DVDs, mas como não eram lançamentos oficiais, os desenhos não foram disponibilizados com a dublagem da Herbert Richers, e sim com uma feita na BKS e Marshmallow somente para VHS e DVD. Em 2006 a Warner Bros, dona dos direitos dos curtas da Paramount, chegou a um acordo com a King Feature Syndicate e lançou em DVD nos Estados Unidos, por ordem cronológica, começando pelo primeiro "Popeye the Sailor" de 1933. No ano seguinte, a Warner também lançou no Brasil, alguns DVDs do Popeye, porém , não eram com os curtas originais dos anos 30, e sim com episódios do "Show do Popeye" produzidos pela Hanna Barbera nos anos 70. Mas desta vez, os episódios do DVD acabaram sendo lançados com a dublagem da Herbert Richers, porque eram DVDs oficiais da Warner.
Popeye não é mais o mesmo. O “velho lobo do mar”, de braços tatuados, cachimbo na boca e pronto para uma boa briga com Brutus — após, claro, comer espinafre — ganhou uma versão repaginada com diferenças marcantes em relação ao desenho criado em 1933.  A nova série Popeye’s Island Adventures, disponível no YouTube, contará com 25 curtas animados para celebrar os 90 anos que o personagem completa em 2019. Os episódios apresentam um marinheiro de traços mais amigáveis, um apito no lugar do cachimbo e espinafre orgânico na dieta. Para quem não lembra, Popeye abria um enlatado com a hortaliça — agora, ele tem sua própria horta no navio. Olivia Palito também deixou o papel de mocinha indefesa e se tornou uma inventora aventureira, que usa o cérebro para ajudar o parceiro a encarar os problemas do dia. Enquanto Brutus, por enquanto, está mais interessado no espinafre superpoderoso do que na moça. 
As alterações dividiram opiniões dos internautas, principalmente daqueles que criticam o “politicamente correto”.  “Se existe uma série que não precisa de reboot é o Popeye”, comentou um internauta.  Outros, contudo, entendem que as mudanças são mais apropriadas para o público infantil do século XXI. “Acho correto. É uma releitura pra nova geração”, escreveu um fã do desenho na internet.
No dia 1 de janeiro de 2009 os direitos autorais dos quadrinhos originais do Popeye entraram em domínio público na Europa e em países da União Europeia, de acordo com a lei da União Europeia, que restringe o uso das imagens até 70 anos após a morte do autor, e o criador dos quadrinhos do Popeye, Elzie Segar, morreu em 1938 (a legislação quanto aos direitos autorais é esta mesma no Brasil). Desta maneira, nos países da União Europeia (e Brasil), a partir do primeiro dia do ano de 2009, as imagens dos personagens de Segar, podem ser comercializadas e impressas em posteres, camisetas e adesivos; além dos primeiros quadrinhos do Popeye, também criados e desenhados por Elzier Segar, que após esta data, podem ser publicados por qualquer editora europeia em novas revistas, ou até mesmo em novas histórias, sem a necessidade de pedir autorização ou pagar royalties. Porém, isso vale apenas para os países da União Europeia (e o Brasil),  pois nos Estados Unidos, os direitos estarão protegidos até 2024, porque embora a Europa proteja os direitos de uma obra durante 70 anos após a morte de seu criador, a política norte-americana é diferente, protegendo os direitos autorais até 95 anos após a primeira publicação. No entanto, diferentemente dos personagens de Segar, a "marca Popeye" ainda pertence à empresa King Features Syndicate, que licencia quaisquer produtos relacionados ao marinheiro e sua turma.
Mark Owen, especialista em direito de propriedade, disse ao The London Times que os personagens e quadrinhos de Elzie Segar perderam o copyright, e por esse motivo, qualquer pessoa em países como a Europa poderá abrir um rentável negócio usando-os estampados em camisetas, pôsteres e outros meios impressos; mas ele também explicou que se alguém criar e vender bonecos ou brinquedos da turma do Popeye, ou mesmo produtos que levam a marca "Popeye", poderá infringir a trademark. A trademark (marca registrada), diferente do direito autoral, nesse caso, é da norte-americana King Features Syndicate. Em 2012, foi publicado na França Revoilà Popeye, um álbum tributo ao personagem sem que fosse preciso pagar royalties a King Features.

Em 1980, Popeye ganhou uma versão em live action, no filme Popeye, com direção de Robert Altman, e roteiro de Jules Feiffer, com Robin Williams no papel de Popeye, e Shelley Duvall no papel de Olívia Palito. O filme teve o seu roteiro baseado em algumas das primeiras histórias dos quadrinhos de Elzie Segar, e tinha algumas piadas visuais inspiradas nos antigos desenhos do Popeye produzidos por Max Fleischer. Apresentava ainda um "clima musical" bem parecido com os antigos episódios do Popeye da década de 30, tais como: O Homem do Trapézio Voador ("The Man on the Flying Trapeze"), Cuidado com o Brutus Barbudus ("Beware of Barnacle Bill") e Machão do Machado ("Axe Me Another"), episódios com várias canções ou números musicais. O filme arrecadou $ 49.823.037 nas bilheterias Estados Unidos, mais do dobro do orçamento do filme. Recebeu críticas mistas em geral, incluindo opiniões favoráveis como as de Vincent Canby, e Roger Ebert, e alguns comentários desfavoráveis de críticos como Leonard Maltin.


Nos Estados Unidos foi recebido com algumas críticas negativas, pelo fato de Popeye não gostar de espinafre na história, e só aprender a comer a verdura no final do filme. Mas diferente dos críticos, os fãs das tirinhas de E. C. Segar diziam que a personagem "Popeye" original dos quadrinhos inicialmente também não comia espinafre (realmente, nas primeiras aparições Popeye ainda não usava o espinafre para ficar forte). E também havia o fato de que em muitos episódios de cinema Popeye contava a seus sobrinhos que quando ele era criança não gostava de espinafre, e que só depois aprendeu a importância de se tê-lo nas refeições.
Um dos principais motivos pelo filme ter sido um pouco estranhado pela crítica, é que as primeiras tiras em quadrinhos do Popeye publicadas em 1929, já não eram tão conhecidas quando o filme foi lançado em 1980; e o público não estava muito familiarizado com as várias personagens da cidade de "Sweethaven" que aparecem durante o filme, pois eles participavam com mais frequência nos quadrinhos, do que nas animações. A história do roteiro também era mais inspirada nas primeiras histórias em quadrinhos de Elzie Segar, do que nos desenhos de cinema. Como nas tiras "Thimble Theatre" dos anos 30, o filme mostrava Popeye chegando à cidade de "Sweethaven" e conhecendo a família da Olívia Palito, e depois se apaixonando pela Olívia, encontrando Gugu abandonado em uma cesta (baseado em uma história publicada no dia 24 de julho de 1933, na qual Gugu faz sua estreia), e reencontrando o seu pai desaparecido, Poopdeck Pappy (ou "Vovô Popeye"). Por esses motivos, algumas das pessoas que conheceram os quadrinhos originais do Popeye, costumam defender a fidelidade do filme à obra de Elzie Segar. O filme, também é considerado fiel em alguns outros pontos, como a interpretação de Robin Williams, que fica bem próxima ao Popeye dos curta metragens dos Fleischer Studios, um exemplo disso é que Williams matém o mesmo costume que o Popeye de Max Fleischer tinha, de sempre murmurar frases quase incompreensíveis em voz baixa, quando está pensando consigo mesmo.
A idade de Popeye no filme era de 32 anos, já que em uma cena ele diz que seu pai o abandonou quando ele tinha 2 anos, e que já não o via há 30 anos. Em um episódio da década de 1950 Popeye é mostrado como tendo 40 anos, mas curiosamente no site oficial do personagem (popeye.com), é dito que ele tem 34 anos, enquanto Olívia tem 29 e Brutus 36.
Popeye teve revistas em quadrinhos pelas editoras Dell Comics,King Comics, Western Publishing, Gold Key Comics, Charlton Comics, Ocean Comics e atualmente, IDW Publishing. Em 1946, a Dell Comics encomendou histórias a Bud Sagendorf para publicar na revista Four Color, em 1948, a editora resolveu publicar uma revista solo do personagem também produzida pelo cartunista. Em 1962, a revista em quadrinhos passou a ser publicada pela Western Publishing (que desfez uma parceria que existia entre ela e a Dell desde 1938) e mudou o nome para Popeye the Sailor, em 1966, a King features lançou seu próprio selo, o King Comics. Quando Charlton Comics comprou os direitos no final de 1967 Sagendorf decidiu dedicar-se à tira de jornal.

Após a saída de Sagendorf, Charlton Comics designou o ilustrador George Wildman e o roteirista Joe Gill. O primeiro número apareceu no final de 1968 (com uma capa com data de fevereiro 1969). Ambos os autores realizam 45 números até 1976, e em 1972 uma série de cinco revistas educativas, onde Popeye demonstra aos jovens leitores profissÕES que podeM querer exercer mais tarde, Popeye the Sailor and Careerss. Depois de um hiato de três anos, Popeye tem 31 edições publicadas pela Gold Key Comics (selo da Western) entre 1979 e 1984. De 1984 a 2012, Popeye não é mais foi publicado regularmente em revistas quadrinhos. Duas edições especiais escritas por Bill Pearson foram publicados em 1987 e 1988 pela Ocean Comics, versões mais adultas e realista dos personagens. Em 1999, por ocasião do 70 anos do herói, o roteirista Peter David descreve o casamento de Popeye e Olivia em uma revista one-shot que atrai a atenção da mídia. Em 2012, a IDW Publishing decidiu relançar a série.

O revival é confiado ao roteirista Roger Langridge associado com vários ilustradores, para garantir uma publicação mensal. Doze edições são publicados, coletados em três encadernados. Ainda em 2012, Langridge participou do álbum tributo Revoilà Popeye, publicado na França, nele há trabalhos de Caritte, ced, Lorenzo Chiavini, Michel Colline, François Duprat, Frédéric Duprat, elric, Filak, Pierre Gabus, Stéphane Girod, Goupil Acnéïque, Hendko, Jii, Abraham Kadabra, Kaouet, Kim, Le Cil Vert, Le Fred Blin, Lectrr, Loco, Fred Neidhardt, Nemo7, Álvaro Ortiz, Pochep, Sergio Ponchione, Radi, Romuald Reutimann, Saive, Samos, Loïc Saulin, Robert Sikoryak, Thibaut Soulcié, Lucas Varela, Waltch, Wayne, Wouzit, Paul Burckel, Delaf e O.Groj. A IDW também publicou edições especiais periódicas, como um crossover com Mars Attack! assinado Terry Beatty e Martin Powell publicado em 2013. Em 2014, ela lançou o total de dois volumes de encadernados com tiras de jornal de Bobby London. Em 17 de janeiro de 2019, em homenagem aos 90 anos do personagem, a King Features Syndicate lança webcomic Popeye's Cartoon Club produzida por Alex Hallatt, Erica Henderson, Tom Neely, Roger Langridge, Larry deSouza, Jeffrey Brown, Jim Engel, Liniers, Jay Fosgitt e Carol Lay.

Personagens
Muitas personagens coadjuvaram com Popeye tanto nas HQ quanto nas animações. Um deles foi um bebê órfão chamado Gugu, que mais tarde foi adotado por Popeye, outro foi o pai de Popeye, um velho teimoso que sempre se mete em encrencas, o comedor de hambúrguer, Dudu, um animal nativo da África chamado Eugênio o Jeep Mágico e também a Bruxa do Mar. Mas alguns foram criados somente para os desenhos animados, como os quatro sobrinhos de Popeye e um amigo de Popeye chamado Shorty que ele conheceu quando entrou para a Marinha. Marinheiro Popeye (Popeye the Sailor) - Ele é um marinheiro caolho, com braços grossos, e rosto deformado, e usa sempre um cachimbo no canto da boca. Sua arma secreta é uma lata de espinafre usada sempre nos momentos de perigo. Popeye está sempre salvando sua namorada Olívia Palito das perseguições do Brutus. Quando come espinafre adquire uma grande força e confiança, podendo enfrentar qualquer desafio, ou inimigo. Olívia Palito (Olive Oyl) - A namorada do Popeye, que é alvo constante das perseguições do Brutus, que quer conquistá-la. Olívia nos primeiros episódios, não gostava de Brutus, e não dava atenção a ele quando este mexia com ela, só após algum tempo (principalmente em episódios dos anos 50 e 60) ela passou a se deixar se impressionar por ele, mas sempre acabava voltando para o Popeye quando Brutus a tratava mal. Olívia foi criada por Elzie Crisler Segar em 1919, dez anos antes de Popeye. Antes da primeira aparição de Popeye, as histórias em quadrinhos de Segar, giravam em torno da família de Olívia, e de seu irmão Castor Palito. Nessa época Olívia tinha um outro namorado chamado Ham Gravy, que foi substituído por Popeye nas histórias, após o sucesso deste. O nome dela em inglês "Olive Oyl" significa "azeite de oliva" (olive oil), mas com "oyl" no lugar de "oil". As tiras de Segar incluem ainda uma série de parentes da Olívia também chamados com nomes de "óleos". Incluindo seu irmão, Castor Palito "Castor oyl" (um trocadilho com "castor oil" óleo de rícino), a sua mãe, Nana Palito "Nana Oyl" ("óleo de banana"), e seu pai Cole Palito "Cole Oyl", e a sobrinha de Olívia (criada somente para os desenhos da TV), Deezil Palito "Deezil Oyl" (trocadilho com óleo diesel). Brutus (Bluto) - O principal vilão das histórias, vive paquerando a Olívia, mas sempre se dá mal no fim. Em alguns episódios, no entanto, ele une forças com Popeye e também pede que este o livre de enrascadas, usando também o famoso bordão de Olívia: "Socorro, Popeye!". O design de Brutus, costumava variar muito desde 1933 até os anos 50, em alguns episódios ele era desenhado "forte" e em outros apenas "gordo". Brutus já teve dois nomes em inglês: "Bluto" e "Brutus". Isso aconteceu por causa de um engano sobre quem tinha os direitos autorais sobre o nome original. Quando os desenhos animados do Popeye deixaram de ser produzidos pelo Fleischer Studios (e depois pelo Famous Studios) e distribuídos pela Paramount em 1957, e a King Features Syndicate passaria a produzi-los sozinha, a Paramount Pictures acreditava (erradamente) que o nome "Bluto" havia sido criado pelos Fleischer Studios, e portanto eles tinham os direitos de propriedade sobre o nome. A King Features Syndicate então rebatizou o personagem com o nome de "Brutus" para evitar problemas com direitos autorais ou direitos marcários. No entanto, quando as séries de Popeye foram para a Hanna Barbera nos anos 70, foi descoberto que eles estavam enganados, o nome Bluto já havia aparecido antes em apenas uma história em quadrinhos de 12 de Setembro de 1932. Este engano foi devido ao fato de que na década de 1930, O personagem "Bluto" só apareceu em apenas uma história em quadrinho do Popeye em 1932, porém, a partir de 1933, ele passou a ser sempre usado para os curtas animados dos Fleischers Studios. Bruxa do Mar (Sea Hag) - Nos quadrinhos ela é uma velha bruxa má que navega pelos sete mares em seu navio "The Black Barnacle" roubando tudo o que encontra em seu caminho. Ela de vez em quando sai disfarçada como uma bela jovem chamada "Rosa do Mar", para enganar os marinheiros. Sua fraqueza são os poderes mágicos de Eugênio o Jeep Mágico e Popeye sobre o efeito do espinafre quando a invulnerabilidade do herói o torna imune a magia. A Bruxa do Mar não chegou a aparecer em nenhum curta de cinema da Fleischer Studios ou Famous Studios, ela só chegou a contracenar com Popeye durante os anos 60, nos desenhos animados de TV da "King Features Syndicate" (1960-1962). Ela também aparece no seriado produzido pelos estúdios de Hanna-Barbera, no final da década de 70. Nos quadrinhos a Bruxa do Mar tinha a cor de pele normal, mas nas animações ela passou a ser da cor verde. Um dos episódios do Marinheiro Popeye, chamado "Melodia Misteriosa", mostra a Bruxa do Mar se transformando em "Rosa do Mar" para enganar o Vovô Popeye. Na animação À Procura do Vovô (Popeye's Voyage: The Quest for Pappy) de 2004, é dito que foi a Bruxa do Mar quem arrancou o olho direito do Vovô Popeye, em uma batalha

Dublador Brasileiro de Popeye


O ator, que nasceu no Rio de Janeiro, ingressou no mercado de atuação e dublagem em 1942, e a sua carreira teve início nas rádios. Foi por meio da interpretação do personagem Seu Peru que Orlando Drummond passou a ter o rosto mais conhecido pelo público. "Antes eu era do rádio e da televisão, mas eu não tinha cara. A minha cara era a dos personagens, como o Scooby Doo, o Popeye, o Alf. Quando eu passei a fazer o Seu Peru, as pessoas começaram a falar: ‘é o Seu Peru que faz o Scooby Doo, o Popeye’ e outros tantos personagens que enumerá-los é até difícil", o ator chegou a declarar durante uma entrevista à Globo. Drummond chegou a entrar no Guinness Book, o livro dos Recordes, por ter dado voz ao Scooby-Doo por nada menos que 35 anos (de 1975 a 2010).

No Twitter, vários internautas aproveitaram a ocasião para parabenizar o ator pelo seu trabalho e prestar homenagens. "Um século de vida e possivelmente mais personagens em sua carreira do que as velas do seu bolo. Feliz aniversário, gênio", um dos fãs chegou a escrever. "Feliz centésimo aniversário ao nosso querido Orlando Drummond! Um comediante genial e uma das maiores lendas da dublagem brasileira", outro escreveu.

Dentre as homenagens nas redes sociais, uma que se destaca é a de Guilherme Briggs, colega de profissão de Drummond, já que também empresta a sua voz a diversos personagens (como Cosmo, de Os Padrinhos Mágicos e Buzz Lightyear, de Toy Story, por exemplo). "Um século de uma vida que me ensina e inspira diariamente. Te amo", Briggs escreveu.

Nos Games

Popeye é um jogo de plataforma de arcade de 1982 desenvolvido e lançado pela Nintendo baseado na história em quadrinhos de mesmo nome criada por E. C. Segar e licenciada pela King Features Syndicate tiras e curtas animados. Ao contrário da maioria dos jogos de plataforma, o jogador não pode pular; o único botão é "socar". O jogo foi licenciado pela Atari, Inc. para lançamento exclusivo no Reino Unido e Irlanda, e apresentado em um gabinete projetado e fabricado pela Atari. Algumas fontes afirmam que Ikegami Tsushinki também fez um trabalho de design no Popeye.


Os personagens do Popeye seriam usados originalmente no jogo que mais tarde se tornou Donkey Kong. Naquela época, a Nintendo não conseguia as licenças de uso dos personagens.

Ben Falls detém o recorde mundial de 3.023.060 ganhos em 20 de dezembro de 2011, de acordo com o Twin Galaxies International Scoreboard.

Fonte:

Veja

https://veja.abril.com.br/cultura/popeye-politicamente-correto-aposenta-cachimbo-e-come-espinafre-organico/

Estadão

https://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,popeye-completa-90-anos-e-surge-em-versao-politicamente-correta,70002681911

History

https://history.uol.com.br/hoje-na-historia/e-criado-o-personagem-popeye

Universo Nerd

https://universonerd.net/portal/diversao/cinema-series-tv/a-verdadeira-historia-do-marinheiro-popeye/

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