A última população conhecida de mamutes lanudos, que habitavam uma ilha remota do Ártico muito depois de os humanos inventarem a escrita, foram eliminados rapidamente, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira. A causa pode ter sido doenças, humanos ou catástrofes climáticas, mas é certo que não foram mudanças climáticas, sugere a pesquisa, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B.
Depois de analisar as datações de camadas de sedimentos em um lago da ilha de St. Paul, os cientistas concluíram que o mamute lanoso (Mammuthus primigenius) foi extinto no local há 5.650 anos - com margem de erro de apenas 80 anos -, alguns milhares de anos depois do desaparecimento das últimas populações da mesma espécie remanescentes em terra firme.
A ilha St. Paul fica no Mar de Bering - situado entre o oeste Alasca e o leste da Rússia - cerca de 640 quilômetros ao norte das Ilhas Aleutas. Durante a última glaciação, a ilha fazia parte da ligação por terra firme que existia entre a Ásia e a América do Norte.
Com o fim do período glacial, há 10 mil anos, a elevação do nível do mar separou os dois continentes. A ilha St. Paul já havia se formado há cerca de 14 mil anos e começou a encolher rapidamente. Há 9 mil anos, a redução do tamanho diminuiu de ritmo, até que há 6 mil anos a ilha chegou ao seu tamanho atual, de 108 quilômetros quadrados.
O estudo também indicou que a ilha no Mar de Bering passou por uma fase extremamente seca, com o declínio da qualidade da água doce exatamente na época em que os mamutes desapareceram.
Em 2017, pesquisadores de Harvard, publicaram um artigo contando que em breve será possível gerar um filhote de mamute ou pelo menos um animal muito próximo do original. A técnica a ser utilizada irá utilizar o material genético (editando e complementando) dos mamutes extraídos de seus fósseis e será bem provável a utilização do elefante para gestar a prole. Apesar de ser uma descoberta imensa para a ciência, deve-se ter conhecimento do que uma bem sucedida “ressurreição” do mamute poderá acarretar na cadeia alimentar e no meio ambiente de forma mais ampla.
Fonte:
Info Escola
Estadão
Terra
Mega Curioso
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