Vários desenhistas brasileiros fizeram fama, e ainda fazem, criando séries de quadrinhos nacionais ou criando páginas e capas para heróis norte-americanos na Marvel e DC. Mas há aqueles que seguiram por outros caminhos, lançaram projetos autorais, estão em outras editoras e marcas, há até mesmo quem desenho quadrinho nacional e faça um trabalho que não deixa dever em nada aos gringos.
Alexandre Nagado
Em 1986, começou a estudar desenho e quadrinhos com o professor Ismael dos Santos, do estúdio-escola Núcleo de Arte, com o qual colabora até hoje. Em 1988, aos 17 anos, começou a publicar profissionalmente, desenhando cartuns para jornais de empresas. Tem produzido ilustrações para agências e estúdios, desenhos para comunicação empresarial, story-boards, temas infantis e outros. Desde 1989, realiza também o trabalho de caricaturista ao vivo em feiras, eventos, festas e convenções.
Em 1990, começou a trabalhar com roteiros para quadrinhos, tendo estreado com Flashman, para a Editora Abril, escrevendo também Maskman e Changeman. Para a EBAL, assinou Sharivan, Machine Man e Goggle V. Em 1993, iniciou o trabalho em Street Fighter II, revista que roteirizou em 15 edições.
Criou os personagens Blue Fighter (Ed. Escala e Trama), Dani (Ed. Escala e Via Lettera) e Amigos da Água (institucional para o DAEE - Depto. de Águas e Energia Elétrica). Em 2003, foi o organizador e um dos autores do álbum Mangá Tropical (Ed. Via Lettera). Na área de quadrinhos didáticos e institucionais, assinou trabalhos sob encomenda para a Votorantim, Dersa, Pão de Açúcar, Bosch, ABB, Santander Banespa, EAN Brasil e diversas outras empresas e entidades que utilizaram o potencial comunicativo dos quadrinhos.
Desde 1992, atua também como redator, tendo escrito para diversas revistas (Herói, Henshin) e sites (Omelete, Bigorna, Nippo-Jovem, Nihonsite).
Parte de seu material de pesquisa sobre mangá, desenhos e seriados japoneses foi compilado no livro Almanaque da Cultura Pop Japonesa (Ed. Via Lettera), lançado em 2007.
Em 1990, começou a trabalhar com roteiros para quadrinhos, tendo estreado com Flashman, para a Editora Abril, escrevendo também Maskman e Changeman. Para a EBAL, assinou Sharivan, Machine Man e Goggle V. Em 1993, iniciou o trabalho em Street Fighter II, revista que roteirizou em 15 edições.
Criou os personagens Blue Fighter (Ed. Escala e Trama), Dani (Ed. Escala e Via Lettera) e Amigos da Água (institucional para o DAEE - Depto. de Águas e Energia Elétrica). Em 2003, foi o organizador e um dos autores do álbum Mangá Tropical (Ed. Via Lettera). Na área de quadrinhos didáticos e institucionais, assinou trabalhos sob encomenda para a Votorantim, Dersa, Pão de Açúcar, Bosch, ABB, Santander Banespa, EAN Brasil e diversas outras empresas e entidades que utilizaram o potencial comunicativo dos quadrinhos.
Desde 1992, atua também como redator, tendo escrito para diversas revistas (Herói, Henshin) e sites (Omelete, Bigorna, Nippo-Jovem, Nihonsite).
Parte de seu material de pesquisa sobre mangá, desenhos e seriados japoneses foi compilado no livro Almanaque da Cultura Pop Japonesa (Ed. Via Lettera), lançado em 2007.
Denise Akemi Nakama
Denise Akemi Nakama é uma desenhista brasileira de descendência japonesa que trabalhou em várias revistas como Hypercomix, Desenhe e Publique Mangá e Tsunami.
Seu primeiro trabalho como desenhista foi o fanzine Tsunami que tinha sátiras de animes como Yu Yu Hakusho e depois começou a trabalhar no mercado editorial em 1998 nas edições 11 e 13 da Hypercomix da editora Magnum onde ela desenhou as capas além de publicar 2 histórias de sua autoria que foram Yo Yo já Rachou, sátira de Yu Yu Hakusho que foi publicada na edição 11 e Darksoul, história original que foi publicada na edição 13.
Em 2000 ela colaborou na revista Desenhe e Publique Mangá 1 da Editora Escala com a hq Twilight e a republicação de Darksoul que foi publicada originalmente na Hypercomix 13.
Fora das histórias em quadrinhos ela trabalhou na ´serie de revistas didáticas Como Desenhar Mangá da Editora Escala.
Em 2003 ela publicou a Tsunami, uma versão revista de seu fanzine na Editora Talismã que contou com vários colaboradores e durou cinco números.
Seu último trabalho foi a arte da HQ Mercenário$ que foi publicada em 2004 pela Editora Talismã, com roteiro de Petra Leão e Fran Briggs e desde então ela nunca mais publicou nenhum trabalho e ninguém sabe por onde ela anda e o que está fazendo atualmente.
Seu primeiro trabalho como desenhista foi o fanzine Tsunami que tinha sátiras de animes como Yu Yu Hakusho e depois começou a trabalhar no mercado editorial em 1998 nas edições 11 e 13 da Hypercomix da editora Magnum onde ela desenhou as capas além de publicar 2 histórias de sua autoria que foram Yo Yo já Rachou, sátira de Yu Yu Hakusho que foi publicada na edição 11 e Darksoul, história original que foi publicada na edição 13.
Em 2000 ela colaborou na revista Desenhe e Publique Mangá 1 da Editora Escala com a hq Twilight e a republicação de Darksoul que foi publicada originalmente na Hypercomix 13.
Fora das histórias em quadrinhos ela trabalhou na ´serie de revistas didáticas Como Desenhar Mangá da Editora Escala.
Em 2003 ela publicou a Tsunami, uma versão revista de seu fanzine na Editora Talismã que contou com vários colaboradores e durou cinco números.
Seu último trabalho foi a arte da HQ Mercenário$ que foi publicada em 2004 pela Editora Talismã, com roteiro de Petra Leão e Fran Briggs e desde então ela nunca mais publicou nenhum trabalho e ninguém sabe por onde ela anda e o que está fazendo atualmente.
Emir Ribeiro
Emir Lima Ribeiro começou produzindo para a Malibu Comics a série "The Protectors", finalizando o lápis de Tom Derenick. Seu primeiro trabalho (esboço e arte–final) foi "Evangelyne & Prophet", da Maximum Press. Na verdade, sua carreira começou em 1969 com o personagem Sabido. Em 1970 criou a vilã Doroti e em 1973 a bela loura sexy Velta. Depois vieram: em 1975, "Itabira", o Chefe dos índios Tabajaras (em co-autoria com seu pai, Emilson Ribeiro); em 1976, "Nova", a Ginóide ruiva (um organismo cibernético com coração e cérebro de uma garota condenada por uma doença incurável e que sobrevive num corpo robótico); em 1976, "O Homem de Preto" (foram feitos dois filmes VHS com essa série, usando atores amadores em 1989 e 1993); e a vampira francesa Michélle. Todos os personagens de Emir Ribeiro foram publicados em tiras diárias, página de jornal e revistas de HQ no Brasil.
Franco de Rosa
Desenhista, editor e roteirista de HQs, Francisco (“Franco”) Paulo de Rosa nasceu na cidade de São Paulo, filho de um jogador de futebol profissional. Por conta da profissão do pai, sua família morou em mais de 20 cidades diferentes entre 1956-70, mudando constantemente entre São Paulo e Paraná.
Em 1967, aos 11 anos, Franco conheceu os gibis da editora Edrel. Por meio deles, tomou contato com o trabalho do editor Minami Keizi, que depois se tornaria um grande amigo.
Em 1971, já em SP, alguns amigos de ginásio o convidaram para criar um jornal do grêmio estudantil. Além de desenhar, ele também ficou responsável pela parte gráfica e precisou aprender a operar mimeógrafo. Junto com um colega de classe, produziu seu primeiro fanzine, o “Frama” (1971), com apenas 15 anos.
Um ano depois descobria o Clube do Gibi (a primeira loja especializada do país), de Ademario de Mattos, conhecendo futuros grandes talentos como Seabra (com quem produziu o “Boletim do Gibi”), Paiva, Moretti e também os já veteranos Mauricio, Gedeone e Moya.
Entre 1972-74, Franco procurou trabalho em praticamente todas as editoras paulistanas de HQs, sem sucesso. Então começou a estudar desenho por conta, até conseguir trabalho com “O Praça Atrapalhado” para a Saber. Na mesma época, criou junto com Paulo Paiva o jogador de futebol Maloca, trabalho nunca publicado. Mais tarde, Maloca virou o “Maciota”, feito só por Paiva.
Em 1974 novamente se juntou a Seabra e criaram as tiras do “Capitão Caatinga”, que ofereceram ao jornal “Notícias Populares” que aceitou publicá-la. A tira estreiou em julho de 1974 e durou até 1978.
A partir de 1975, Franco fez HQs para o suplemento de quadrinhos da “Folha de S. Paulo”. Paralelamente, ofereceu uma tira de humor, “Chucrutz”, ao “N.P.”, que logo foi aprovada. A partir de 1976, começou “A Infiel”, HQ que incursionava no erótico.
No final dos anos 70, após tentativa frustrada de criar uma agência distribuidora de tiras para jornais, começa a colaborar com a Ebal, graças a Wagner Augusto. Na época, já desenhava “Chucrutz” para alguns jornais e “Praça Atrapalhado”, além das vinhetas do programa da Ana Maria Braga. Na Ebal participou, até 1982, de seis edições da “Klik” e três da “Gripho”. Ao mesmo tempo, também pela editora carioca, desenhou 20 edições de “Zorro Capa e Espada” (com Seabra).
Naquela época, mais especificamente em 1979, seu amigo Ataide Brás veio de Curitiba e comentou sobre a editora paranaense Grafipar. Após contatar a empresa, Franco produziu uma HQ para a revista “Personal” n° 23. Foi o início de uma parceria em que ele e Seabra publicaram regularmente na Grafipar, a ponto de mudar-se para Curitiba em 1981. Dois anos depois, uma crise da indústria papeleira encareceu os custos da produção, levando a editora à falência.
Com o fim da Grafipar, voltou para SP, se juntando a Paulo Paiva para criar a Press Editorial em 1983. Cláudio Seto, chefe dos gibis da Grafipar, já vinha há algum tempo incentivando Franco a editar, mas foi apenas na Press que ele assumiu a função oficialmente. No ano seguinte, Franco manteve uma coluna de HQ na “Folha da Tarde” (onde também foi letrista da coluna).
Em 1991, após passagem pela Best, passou a editar na Nova Sampa. Lá, Franco deu a idéia que originou, em 1994, a “Herói”, revista de reportagens juvenis.
Junto com amigos, fundou a Mythos em 1997. Em 1998, após sofrer uma tentativa de sequestro, mudou-se para Vinhedo, no interior de SP. Com problemas de saúde, decidiu sair da Mythos e começou a trabalhar para a Escala. Em 1999, junto com Carlos Mann, criou a Opera Graphica, que encerrou as atividades 10 anos depois.
Em 1967, aos 11 anos, Franco conheceu os gibis da editora Edrel. Por meio deles, tomou contato com o trabalho do editor Minami Keizi, que depois se tornaria um grande amigo.
Em 1971, já em SP, alguns amigos de ginásio o convidaram para criar um jornal do grêmio estudantil. Além de desenhar, ele também ficou responsável pela parte gráfica e precisou aprender a operar mimeógrafo. Junto com um colega de classe, produziu seu primeiro fanzine, o “Frama” (1971), com apenas 15 anos.
Um ano depois descobria o Clube do Gibi (a primeira loja especializada do país), de Ademario de Mattos, conhecendo futuros grandes talentos como Seabra (com quem produziu o “Boletim do Gibi”), Paiva, Moretti e também os já veteranos Mauricio, Gedeone e Moya.
Entre 1972-74, Franco procurou trabalho em praticamente todas as editoras paulistanas de HQs, sem sucesso. Então começou a estudar desenho por conta, até conseguir trabalho com “O Praça Atrapalhado” para a Saber. Na mesma época, criou junto com Paulo Paiva o jogador de futebol Maloca, trabalho nunca publicado. Mais tarde, Maloca virou o “Maciota”, feito só por Paiva.
Em 1974 novamente se juntou a Seabra e criaram as tiras do “Capitão Caatinga”, que ofereceram ao jornal “Notícias Populares” que aceitou publicá-la. A tira estreiou em julho de 1974 e durou até 1978.
A partir de 1975, Franco fez HQs para o suplemento de quadrinhos da “Folha de S. Paulo”. Paralelamente, ofereceu uma tira de humor, “Chucrutz”, ao “N.P.”, que logo foi aprovada. A partir de 1976, começou “A Infiel”, HQ que incursionava no erótico.
No final dos anos 70, após tentativa frustrada de criar uma agência distribuidora de tiras para jornais, começa a colaborar com a Ebal, graças a Wagner Augusto. Na época, já desenhava “Chucrutz” para alguns jornais e “Praça Atrapalhado”, além das vinhetas do programa da Ana Maria Braga. Na Ebal participou, até 1982, de seis edições da “Klik” e três da “Gripho”. Ao mesmo tempo, também pela editora carioca, desenhou 20 edições de “Zorro Capa e Espada” (com Seabra).
Naquela época, mais especificamente em 1979, seu amigo Ataide Brás veio de Curitiba e comentou sobre a editora paranaense Grafipar. Após contatar a empresa, Franco produziu uma HQ para a revista “Personal” n° 23. Foi o início de uma parceria em que ele e Seabra publicaram regularmente na Grafipar, a ponto de mudar-se para Curitiba em 1981. Dois anos depois, uma crise da indústria papeleira encareceu os custos da produção, levando a editora à falência.
Com o fim da Grafipar, voltou para SP, se juntando a Paulo Paiva para criar a Press Editorial em 1983. Cláudio Seto, chefe dos gibis da Grafipar, já vinha há algum tempo incentivando Franco a editar, mas foi apenas na Press que ele assumiu a função oficialmente. No ano seguinte, Franco manteve uma coluna de HQ na “Folha da Tarde” (onde também foi letrista da coluna).
Em 1991, após passagem pela Best, passou a editar na Nova Sampa. Lá, Franco deu a idéia que originou, em 1994, a “Herói”, revista de reportagens juvenis.
Junto com amigos, fundou a Mythos em 1997. Em 1998, após sofrer uma tentativa de sequestro, mudou-se para Vinhedo, no interior de SP. Com problemas de saúde, decidiu sair da Mythos e começou a trabalhar para a Escala. Em 1999, junto com Carlos Mann, criou a Opera Graphica, que encerrou as atividades 10 anos depois.
Klebs Júnior
Klebs de Moura Junior, ilustrador e quadrinista, formado em Comunicação Visual pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
Foi ilustrador de jornais como O Estado de S.Paulo, Folha de S. Paulo entre outros, e colabora em revistas e jornais como Veja, Época e Folha.
Publicou quadrinhos nos Estados Unidos pelas editoras Marvel, Malibu e Valiant, além de lançar seus próprios personagens nas revistas brasileiras, Metal Pesado (Enoma), Pau Nrasil e Brasilian Heavy Metal (Força e Justiça).
Escreveu, desenhou, finalizou e editou Lilo, a primeira revista do selo Impacto em conjunto com a Editora Trama.
Lecionou histórias em quadrinhos no SESC, na Gibiteca Henfil, no SENAC e hoje é um dos diretores da Escola Impacto de Quadrinhos. Ilustrou para o filme Castelo-Ra-Tim-Bum e produz projetos de quadrinhos como Pátria Armada.
Foi ilustrador de jornais como O Estado de S.Paulo, Folha de S. Paulo entre outros, e colabora em revistas e jornais como Veja, Época e Folha.
Publicou quadrinhos nos Estados Unidos pelas editoras Marvel, Malibu e Valiant, além de lançar seus próprios personagens nas revistas brasileiras, Metal Pesado (Enoma), Pau Nrasil e Brasilian Heavy Metal (Força e Justiça).
Escreveu, desenhou, finalizou e editou Lilo, a primeira revista do selo Impacto em conjunto com a Editora Trama.
Lecionou histórias em quadrinhos no SESC, na Gibiteca Henfil, no SENAC e hoje é um dos diretores da Escola Impacto de Quadrinhos. Ilustrou para o filme Castelo-Ra-Tim-Bum e produz projetos de quadrinhos como Pátria Armada.
Laerte Coutinho
Laerte Coutinho é considerado um dos principais quadrinhistas paulistas. De formação marxista, começou profissionalmente em 1970, produzindo o “Leão” para a revista “Sibila”. Ainda nos anos 70, contribuiu com ilustrações para sindicatos, agremiações operárias e partido político (MDB, em 1974). Também contribuiu para outras publicações de cunho socialista, como “Balão” (criada por ele e Luiz Gê) e “O Pasquim” (de Jaguar e Ziraldo).
Nos anos 80, já tinha deixado de trabalhar com cartuns para a “Gazeta Mercantil” e jornais de sindicato para entrar de cabeça nos quadrinhos: é a época em que ficou popular nas revistas humorísticas “Circo”, “Piratas do Tietê”, “Chiclete com Banana” (editada por Angeli) e “Geraldão” (editada por Glauco), todas da Editora Circo.
Em 1985 lançou seu primeiro livro, “O Tamanho da Coisa”, uma coletânea de suas charges. Outras HQs de destaque são “Overman” e “Los Três Amigos”, com um humor tipicamente paulista. Recebeu diversos prêmios por seus trabalhos.
Problemas fizeram com que a editora Circo cancelasse muitos de seus títulos nos anos 90. Após fazer uma parceria com a editora Sampa, de Carlos Casamata, que cuidava da compra de papel, impressão e distribuição, a Circo lançou uma nova leva de revistas, com os mesmos autores da casa: Laerte, Glauco e Angeli. Mas os tempos eram outros e tudo parecia uma sombra do que foi a Circo, pois muito do conteúdo vinha de republicações e das tiras já publicadas na “Folha de S. Paulo”.
Hoje, Laerte contribui com diversos veículos, como a revista “Caros Amigos”.
Nos anos 80, já tinha deixado de trabalhar com cartuns para a “Gazeta Mercantil” e jornais de sindicato para entrar de cabeça nos quadrinhos: é a época em que ficou popular nas revistas humorísticas “Circo”, “Piratas do Tietê”, “Chiclete com Banana” (editada por Angeli) e “Geraldão” (editada por Glauco), todas da Editora Circo.
Em 1985 lançou seu primeiro livro, “O Tamanho da Coisa”, uma coletânea de suas charges. Outras HQs de destaque são “Overman” e “Los Três Amigos”, com um humor tipicamente paulista. Recebeu diversos prêmios por seus trabalhos.
Problemas fizeram com que a editora Circo cancelasse muitos de seus títulos nos anos 90. Após fazer uma parceria com a editora Sampa, de Carlos Casamata, que cuidava da compra de papel, impressão e distribuição, a Circo lançou uma nova leva de revistas, com os mesmos autores da casa: Laerte, Glauco e Angeli. Mas os tempos eram outros e tudo parecia uma sombra do que foi a Circo, pois muito do conteúdo vinha de republicações e das tiras já publicadas na “Folha de S. Paulo”.
Hoje, Laerte contribui com diversos veículos, como a revista “Caros Amigos”.
Mike Deodato Jr.
Deodato Taumaturgo Borges Filho (ele assina “Deodato Filho” no Brasil e “Mike Deodato” nos EUA), nascido em Campina Grande, Paraíba, é um dos poucos artistas nacionais de histórias em quadrinhos a ganhar projeção internacional. Seu pai, Deodato Borges, jornalista, radialista, roteirista além de quadrinista, foi criador do personagem "Flama", nos idos de 1963. Tendo este surgido nas novelas de rádio, o personagem foi uma das primeiras revistas em quadrinhos publicadas no Nordeste brasileiro.
Aos 15 anos, em fins da década de 70 lançou sua primeira revista independente de HQ de seu personagem, o Ninja, em parceiria com José Augusto (roteiro), em formato de fanzine. Nos anos 80 publica regularmente charges e cartuns em jornais da Paraíba, até publicar o cangaceiro "Carcará" (criação do quadrinista Emir Ribeiro). Na mesma década publica uma revista tamanho gigante - a semelhança das edições de fim-de-ano dos gibis americanos - "3000 Anos Depois", uma saga de ficção científica e logo depois "A História da Paraíba" em quadrinhos. Deodato acontece para o mundo ao se formar em comunicação pela UFPB, e participando do XIII Salão Internacional de Angoulême, na França. Seu traço "clássico", apesar de lembrar ilustres antecessores (Frazetta, Adams, Eisner) tem um domínio do claro-escuro digno de nota, seja em preto-e-branco ou colorido. A partir daí, ao mesmo tempo em que trabalha como diagramador e desenhista nos jornais da Paraibanos, publica trabalhos na Europa (Bélgica, França e em Portugal).
Na década de 90, desenha "Perdidos no espaço" e "A bela e a fera" (ambos baseados em séries de TV), pelo selo de quadrinhos americano Innovation. Publicou ainda "New Miracleman" (com Fred Burke no roteiro) pela editora Malibu, coroando a carreira com "Hibrides" (com arte-final de Neal Adams), na Editora Continuity do próprio Adams.
Deodato ganhou muitos elogios por finalmente entrar no mercado de quadrinhos das editoras Marvel e DC. Por outro lado, teve que pagar um preço por isso: transformou seu traço no estilo "Image" (estilo duvidoso, que foge do realismo anatômico, com toques caricaturais, muita pirotecnia visual e influência do mangá). Seu "Mestre do Kung Fu", por exemplo, é irreconhecível. Sua "Mulher-Maravilha" se resume a ficar desfilando com "fio dental". É dessa fase também "Os Vingadores", "Thor", "Hulk" e a revista mensal de "Elektra" (todos para a Marvel).
Aos 15 anos, em fins da década de 70 lançou sua primeira revista independente de HQ de seu personagem, o Ninja, em parceiria com José Augusto (roteiro), em formato de fanzine. Nos anos 80 publica regularmente charges e cartuns em jornais da Paraíba, até publicar o cangaceiro "Carcará" (criação do quadrinista Emir Ribeiro). Na mesma década publica uma revista tamanho gigante - a semelhança das edições de fim-de-ano dos gibis americanos - "3000 Anos Depois", uma saga de ficção científica e logo depois "A História da Paraíba" em quadrinhos. Deodato acontece para o mundo ao se formar em comunicação pela UFPB, e participando do XIII Salão Internacional de Angoulême, na França. Seu traço "clássico", apesar de lembrar ilustres antecessores (Frazetta, Adams, Eisner) tem um domínio do claro-escuro digno de nota, seja em preto-e-branco ou colorido. A partir daí, ao mesmo tempo em que trabalha como diagramador e desenhista nos jornais da Paraibanos, publica trabalhos na Europa (Bélgica, França e em Portugal).
Na década de 90, desenha "Perdidos no espaço" e "A bela e a fera" (ambos baseados em séries de TV), pelo selo de quadrinhos americano Innovation. Publicou ainda "New Miracleman" (com Fred Burke no roteiro) pela editora Malibu, coroando a carreira com "Hibrides" (com arte-final de Neal Adams), na Editora Continuity do próprio Adams.
Deodato ganhou muitos elogios por finalmente entrar no mercado de quadrinhos das editoras Marvel e DC. Por outro lado, teve que pagar um preço por isso: transformou seu traço no estilo "Image" (estilo duvidoso, que foge do realismo anatômico, com toques caricaturais, muita pirotecnia visual e influência do mangá). Seu "Mestre do Kung Fu", por exemplo, é irreconhecível. Sua "Mulher-Maravilha" se resume a ficar desfilando com "fio dental". É dessa fase também "Os Vingadores", "Thor", "Hulk" e a revista mensal de "Elektra" (todos para a Marvel).
Mozart Couto
Nascido em 1958, Juiz de Fora, Minas Gerais, Mozart Cunha do Couto, ou Mozart Couto, como é conhecido, começou a atuar profissionalmente em 1979, como ilustrador e autor (desenhista e argumentista/roteirista) de histórias em quadrinhos. Produziu para diversas editoras do eixo Rio-São Paulo recebendo, em 1986, o Troféu Ângelo Agostini, da Associação de Quadrinhistas e Cartunistas de São Paulo, como melhor desenhista.
Em 1988 começou a exportar seus trabalhos para a Europa, onde foram publicados álbuns de Histórias em Quadrinhos e tiras de jornais; algumas dessas publicações com circulação na Bélgica, França, Alemanha , Dinamarca e Holanda. Em 1993, entrou no mercado norte americano colaborando em revistas das editoras Marvel Comics, DC Comics, Acclaim Comics, Dark Horse e Image, desenhando conhecidos personagens como “Mulher Maravilha”, “Thor”, “Hulk”, “Elektra”, “Turok”, “Glory”, “Gamera” e outros.
Atualmente Mozart tem se dedicado mais à ilustração. Sua produção é dirigida para livros didáticos; para-didáticos; literatura em geral; livros de RPG; capas de CDs; histórias em quadrinhos promocionais; criação de personagens para diversos fins e outros. Entre seus clientes contam-se editoras como FTD, Saraiva, Ática, Melhoramentos, Paulinas, Editora Record, Ave-Maria, Moderna, Scipione. Foi ganhador, com o livro “Nosso Folclore” (editora Ave-Maria), do Prêmio Jabuti - “melhor livro didático de 1999” - e, em 2000, do certificado “altamente recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Infanto-Juvenil pelas ilustrações no livro “A Carta De Pero Vaz de Caminha”, da Editora Moderna.
Watson Portela
Assina também como "Barroso" e "Helga". Watson Portela nasceu em 1950, Recife, Pernambuco. É um dos grandes desenhistas nacionais que possuem um trabalho consistente. Quando jovem, Watson era fã dos quadrinhos de C. C. Beck, artista americano de estilo cartunesco que acabou, afinal, influenciando seu traço.
Foi um dos primeiros brazucas a se destacar no cenário quadrinístico da década de 80, em meio a hegemonia do gênero super heroístico americano. Seu trabalho mais conhecido do grande publico é o álbum "Paralelas" e "Vôo Livre". Watson iniciou seus trabalho em fanzine e mais tarde teve sua arte publicada em diversas editoras como RGE, Vechi, Graphipar e Abril.
Sua primeira obra profissional foi uma HQ histórica para a Ebal de Adolfo Aisen, que jamais foi publicada. Em 1975, participou daquela caça de talentos promovida pelo "Gibi Semanal", da RGE (1). “Em 1976, o Otacílio [Barros, o Ota, editor dos gibis da Vecchi] pediu para eu dar um pulinho no Rio de Janeiro, pois queria me conhecer. O Lotário Vecchi [o dono da empresa] também era fã dos meus trabalhos”, recordou Watson em uma entrevista (2). “Mudei para o Rio de Janeiro ainda em 1976 e comecei a trabalhar para a Vecchi. Fazia o ‘Chet’. Lembro que foi antes de complçetar 26 anos, em ouubro”. Em 1979, publicou em “Spektro”, da Vecchi. Então não parou mais. Fez terror, erotismo, western, humor e super-heróis para Grafipar de Curitiba (para onde se mudou na época), Press entre outros. Watson era um fenômeno nas artes gráficas brasilis. Dono de traço ímpar, seus desenhos fizeram a cabeça de toda uma geração. Foi o papa do quadrinho de ficção brasileira dos anos 80. Logo, foi contratado pela Editora Abril. Passou a desenhar "Os Trapalhões", Disney, "He-Man" e "Jovem Radical".
No começo dos anos 1990, Watson se cansou dos quadrinhos e, segundo ele, dos calotes dos editores. Voltou a morar com seus pais em Recife. Só agora ensaia uma volta ao mercado.
Foi um dos primeiros brazucas a se destacar no cenário quadrinístico da década de 80, em meio a hegemonia do gênero super heroístico americano. Seu trabalho mais conhecido do grande publico é o álbum "Paralelas" e "Vôo Livre". Watson iniciou seus trabalho em fanzine e mais tarde teve sua arte publicada em diversas editoras como RGE, Vechi, Graphipar e Abril.
Sua primeira obra profissional foi uma HQ histórica para a Ebal de Adolfo Aisen, que jamais foi publicada. Em 1975, participou daquela caça de talentos promovida pelo "Gibi Semanal", da RGE (1). “Em 1976, o Otacílio [Barros, o Ota, editor dos gibis da Vecchi] pediu para eu dar um pulinho no Rio de Janeiro, pois queria me conhecer. O Lotário Vecchi [o dono da empresa] também era fã dos meus trabalhos”, recordou Watson em uma entrevista (2). “Mudei para o Rio de Janeiro ainda em 1976 e comecei a trabalhar para a Vecchi. Fazia o ‘Chet’. Lembro que foi antes de complçetar 26 anos, em ouubro”. Em 1979, publicou em “Spektro”, da Vecchi. Então não parou mais. Fez terror, erotismo, western, humor e super-heróis para Grafipar de Curitiba (para onde se mudou na época), Press entre outros. Watson era um fenômeno nas artes gráficas brasilis. Dono de traço ímpar, seus desenhos fizeram a cabeça de toda uma geração. Foi o papa do quadrinho de ficção brasileira dos anos 80. Logo, foi contratado pela Editora Abril. Passou a desenhar "Os Trapalhões", Disney, "He-Man" e "Jovem Radical".
No começo dos anos 1990, Watson se cansou dos quadrinhos e, segundo ele, dos calotes dos editores. Voltou a morar com seus pais em Recife. Só agora ensaia uma volta ao mercado.
Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, Minas Gerais. O criador do “Menino Maluquinho” é um dos mais expressivos desenhistas brasileiros da atualidade. Depois de participações nas revistas “Vida Infantil”, “Vida Juvenil”, “Era uma vez...” e “Sesinho”, e de trabalhos pela revista “A Cigarra” e o jornal “Folha de Minas”, alcança reconhecimento nacional ao criar a personagem Pererê, em 1957, para a revista “O Cruzeiro”. Sucesso tal que, em 1960, ganha gibi próprio (“Pererê”, pela editora O Cruzeiro), que seria cancelado em 1964.
Em “Pererê”, Ziraldo já demonstra uma tendência política, vendo com simpatia o nacionalismo trabalhista e o comunismo. O próprio desenhista admitiria mais tarde: “Meu saci era vermelho e hipernacionalista”. Essa inclinação se torna mais explícita em 1969, quando funda, junto a Millôr, Jaguar e outros cartunistas, o jornal humorístico “O Pasquim”, de cunho socialista. Anos depois, ingressa na vida político-partidária, se filiando ao PT e, mais recentemente, ao PSOL, o que lhe rendeu diversas críticas. Em 1980, lança “O Menino Maluquinho”, livro infantil que logo vira fenômeno editorial no Brasil, sendo adaptado para as mais diversas mídias, como o teatro, as HQs, a TV e até em vídeo-games.
Ziraldo é também cartunista, chargista, escritor, ilustrador, jornalista, cartazista, tendo obras traduzidas em diversas línguas.
Em “Pererê”, Ziraldo já demonstra uma tendência política, vendo com simpatia o nacionalismo trabalhista e o comunismo. O próprio desenhista admitiria mais tarde: “Meu saci era vermelho e hipernacionalista”. Essa inclinação se torna mais explícita em 1969, quando funda, junto a Millôr, Jaguar e outros cartunistas, o jornal humorístico “O Pasquim”, de cunho socialista. Anos depois, ingressa na vida político-partidária, se filiando ao PT e, mais recentemente, ao PSOL, o que lhe rendeu diversas críticas. Em 1980, lança “O Menino Maluquinho”, livro infantil que logo vira fenômeno editorial no Brasil, sendo adaptado para as mais diversas mídias, como o teatro, as HQs, a TV e até em vídeo-games.
Ziraldo é também cartunista, chargista, escritor, ilustrador, jornalista, cartazista, tendo obras traduzidas em diversas línguas.
Fonte:
Legião dos Super-Heróis
Guia dos Quadrinhos
Comentários
Enviar um comentário