O pioneiro seriado brasileiro O Vigilante Rodoviário foi criado, dirigido pelo cineasta Ary Fernandes e como produtor técnico Alfredo Palácios, para TV brasileira exibido na década de 1960 pela Tupi. Ary Fernandes também é o compositor da canção tema de abertura da série, intituladaCanção do Vigilante Rodoviário.
Desde criança, Fernandes sentia falta de um herói 100% brasileiro. A criação da série foi a realização deste antigo sonho. A escolha do tema foi a admiração que ele próprio nutria pela Polícia Rodoviária e pela simpatia que a população sentia por este órgão.
Foi ao ar pela primeira vez em 3 de janeiro de 1962, na Tupi Canal 4 numa (4ª) quarta-feira, às 20h05 após o telejornal Repórter Esso, e patrocinado pela Nestlé do Brasil.
Em 1967, foi novamente reexibido pela Tupi. Durante a década de 1970 a série foi reexibida pela Globo. Até então, a Rede Globo (TV aberta) era a única emissora que havia reprisado a série além da Tupi.
Foi o primeiro seriado filmado em película de cinema no Brasil. No total foram 38 episódios, nos quais os personagens Inspetor Carlos, interpretado por Carlos Miranda, e seu cão Lobo, lutavam contra o crime, a bordo de uma motocicleta Harley-Davidson 1952 ou de um Simca Chambord 1959, na altura do km 38 da Rodovia Anhanguera onde a maior parte dos episódios foi filmado devido ao clima que se apresenta ensolarado grande parte do ano, fator fundamental para as filmagens externas.
O primeiro episódio da série foi O Diamante Grão Mongol, sobre ladrões internacionais que entraram no país pelo porto de Santos. Devido ao pouco tempo disponível entre as filmagens dos episódios, foi necessário que o personagem do Vigilante fosse dublado. Para esta tarefa foi contratado um rádioator da Rádio São Paulo. A série recebeu os mais expressivos troféus entre ele: Troféu Roquete Pinto, Sete Dias na TV e Troféu Imprensa.
Tentativa de fazer uma nova série |
Em 1978, Ary Fernandes e a PROCITEL - Produções Cine Televisão Ltda. como a produtora do seu filme piloto e outros cineasta participantes, foram escolhidos através de um projeto da Embrafilme que visava incentivar a produção nacional de filmes alta qualidade. Com o filme piloto para uma nova série do O Vigilante Rodoviário pronto, ele seria encaminhado a censura federal, e consequentemente, seria apresentado as emissoras para que fosse dado a continuidade. O ator escolhido para viver o Vigilante Carlos, foi o galã Antônio Fonzar. Para viver o cão Lobo, foram utilizados 5 cães da Policia Militar do estado de São Paulo.
Infelizmente, por problemas enfrentados pela Embrafilme, este projeto que traria novamente O Vigilante Rodoviário para televisão, não pode ser concluido, ficando restrito a somente um filme. Por este motivo, este filme nunca foi exibido no cinema e o público nunca teve a oportunidade de assití-lo até o Canal Brasil tê-lo exibido mais recentemente.
No ano de 2008, Ary Fernandes/PROCITEL e o Canal Brasil/Globosat, selaram parceria e trouxeram novamente para TV as aventuras deste primeiro herói brasileiro. Dos 38 episódios originais, 1 foi totalmente deteriorado (perdido) e os outros 2 tiveram problemas e não puderam ser remasterizados e telecinados. Para esta nova temporada, um total de 35 episódios foram relançados a partir de 9 de março de 2009 pelo Canal Brasil, todas às segundas às 20h30, com reapresentação terças às 15h30 e domingos às 11h. Atualmente a série passa no Canal Brasil de segunda à sexta-feira, às 13h. Foi lançado o Box do Vigilante Rodoviário com todos os episódios.
Carlos Miranda
Nasceu no bairro da Mooca, São Paulo em 1933. Ficou famoso ao interpretar o Inspetor Carlos do seriado de televisão O Vigilante Rodoviário, sempre acompanhado de Lobo, um cão pastor alemão que lembrava o famoso Rin-Tin-Tin.
Depois do fim do seriado, tornou-se um patrulheiro de verdade, ingressando na Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, onde galgou vários postos e atuou como porta-voz e relações públicas da corporação, até se aposentar.
Atualmente Carlos Miranda reside na cidade de Águas da Prata no interior de São Paulo. Participa de exposições de carros antigos por todo Brasil, onde é exibido o seu Simca-Chambord 1959. Muito simpático e vestindo uma farda igual a da série distribui muitos autógrafos aos visitantes das exposições.
Hoje também é Vice-Presidente do Automóvel Clube do Brasil
Carlos Miranda |
Brevemente Carlos Miranda vai montar a exposição de seu acervo pessoal com material tanto da série quanto da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo na cidade de Cabreúva - SP com apoio da Secretaria de Turismo e da Polícia Rodoviária Estadual. Nesse local poderão ser vistos seus troféus, vídeos de entrevistas e eventos; as fardas e viaturas históricas da Polícia, bem como material alusivo à sua carreira no cinema e na TV. No local serão ministradas palestras sobre segurança e campanhas educacionais de trânsito.
Quadrinhos
Ainda na década de 1960, o personagem ganhou uma revista em quadrinhos pela Editora Outubro , a revista era produzida por artistas como Gedeone Malagola (roteiros) e Flavio Colin (desenhos .
Em 2001, o editor e roteirista Roberto Guedes chegou a escrever uma graphic novel do Vigilante Rodoviário para o Studio Elenko, entretanto o projeto não saiu do papel. Além dos quadrinhos foi lançado também uma linha de brinquedos do personagem, que atualmente é disputado pelos colecionadores.
Fonte:
Vigilante Rodoviário
http://www.vigilanterodoviario.com/
Wikipédia
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Vigilante_Rodovi%C3%A1rio
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