Como ser imortal na vida Real?


Imortalidade é o conceito de viver como uma forma de vida física ou espiritual infinitamente. Durante vários anos, mitos surgiram sobre a possibilidade de viver para sempre e isso fez com que muitas pessoas dedicassem os dias de suas vidas em busca de um objeto, alimento ou qualquer outra coisa que os permitissem viver pela eternidade.
Antigamente as pessoas acreditavam que comer pêssegos, sereias, maçãs douradas e até mesmo minérios de mercúrio era uma das maneiras de se tornar imortal. A redação da Fatos Desconhecidos separou 8 lendas sobre a imortalidade, de acordo com várias mitologias. Confira abaixo:
Ambrosia: A palavra é formada pelo prefixo an (não) e brotós (mortal). Os gregos acreditavam que a ambrosia poderia tornar imortal quem a comesse. Os deuses a administravam à vontade, dando vida eterna aos mortais escolhidos.

Sereias: No Japão, havia uma lenda de que comer uma sereia, um peixe com rosto humano, trazia a imortalidade. Mas, em vez de ser uma vantagem, era uma maldição. Em muitas histórias, os humanos incautos que conseguiam a vida eterna tinham que se dedicar a Buda para poder, por fim, descansar.

Pêssegos: De acordo com uma antiga tradição chinesa, os pêssegos dos deuses podem conceder 3 mil anos de vida a quem os consumir. Essa fruta mitológica demora 6 mil anos para crescer. Na China, comem-se sementes de lótus esculpidas em forma de pêssego para adquirir a longevidade.

Desafiar os deuses: Na mitologia grega, há várias histórias de humanos que desafiam os deuses para alcançar a imortalidade. No entanto, esse plano arriscado costuma terminar muito mal: os deuses temperamentais castigam duramente tais impertinências. 

Para impedir que o corpo definhe desse jeito, o homem já tentou de tudo: de mumificação, no Egito antigo, a injeções feitas a partir de testículos de animais, na França do século 19. Só que agora estamos mais próximos do que nunca do sonho da imortalidade. Por causa dessas espécies highlanders, cientistas do mundo todo acreditam que nós também podemos ser imortais. E já têm propostas para isso, divididas em duas linhas: remédios – feitos para aprimorar nossa defesa contra a morte – e inovações tecnológicas que nos tornarão quase robôs. Sabe aquela expressão “de certo na vida, só a morte”? Parece que ela vai perder o sentido em breve. “Em 50 anos não vai mais existir definição para expectativa de vida. Teremos um controle tão completo do envelhecimento que as pessoas viverão indefinidamente”, diz Aubrey de Grey, geneticista da Universidade de Cambridge.
Não é uma tarefa fácil. Essa pesquisa está diretamente relacionada ao estudo do envelhecimento, que a ciência ainda não conseguiu destrinchar completamente. Pelo que se sabe, o corpo funciona como um carro. Depois de muito rodados, ambos acumulam defeitos. A diferença é que, quando quebra, nosso corpo dá um jeito de se consertar. Se você sofre um corte, o sangue estanca em minutos, não é? O problema é que essa manutenção segue bem enquanto somos jovens, mas vai perdendo a eficácia. Com o tempo, células param de se reproduzir, o corpo vai sofrendo ataques do ambiente… e a nossa máquina não dá conta de reparar tudo. Ficamos velhos, fracos, vulneráveis.
Para que possamos viver para sempre, esse sistema de reparos não pode parar. E já apareceu proposta de todo tipo pra isso. Se antes essas ideias eram tidas como fringe science – algo como “ciência marginal”, que tem mais de especulação do que de fato -, agora elas começam a ser vistas com seriedade. Tanto que acabaram de levar um Nobel.


A luta contra a morte 
Durante 1 000 anos de estudo, a ciência entendeu, aos poucos, como adiar o fim da vida

1000
Nada de limpeza ou dieta: o pessoal compartilhava as casas com animais e comia a valer, numa dieta de pães, queijos e cerveja.

1675
O cientista holandês Antony van Leeuwenhoek descobre uma das maiores causas de mortes da época: as bactérias. Mas só no século 19 é que se descobriu a relação delas com nossas doenças.

1785
Morre a primeira pessoa registrada como a mais velha do mundo: o norueguês Eilif Philipsen, com 102 anos.

1796
Testes com o que seria considerada a primeira vacina. O médico inglês Edward Jenner percebe que uma pessoa contaminada pela varíola bovina – forma mais branda da doença – não pegaria a humana. Na época, 40% dos infectados pela doença não sobreviviam.

1850-1885
Louis Pasteur desenvolve a pasteurização, que elimina micróbios dos alimentos.

1854
Descoberta de que uma epidemia de cólera em Londres foi causada por água contaminada. É o primeiro passo para o desenvolvimento dos sistemas de saneamento, um grandes motivo para o aumento da expectativa de vida no século 20. 

1895
Criação do raio X, que permitiria diagnósticos mais precisos de doenças como tuberculose.

1900
O homem só prolongou sua vida média em 7 anos desde o ano 1000, por ainda ser um novato em questões de higiene e saneamento. (Só no fim do século 19, por exemplo, prova-se que médicos deveriam lavar as mãos com cloro antes de fazer um parto.)

1928
Aos 113 anos, morre a americana Delina Filkins, que manteve o recorde de mulher mais velha do mundo até 1955. Ela viveu toda a vida dentro de um raio de 16 quilômetros da fazenda em que nasceu.

1929
Alexander Fleming descobre a penicilina, 1º antibiótico do mundo. Começaria a ser ministrada em pessoas 10 anos depois.

1953
Os cientistas James Watson (americano) e Francis Crick (inglês) publicam um artigo sobre a estrutura em espiral do DNA, que ajuda a entender a herança genética.

1997
Aos 122 anos, morre a francesa Jeanne Louise Calment, a pessoa que mais viveu no mundo até hoje. Louise andou de bicicleta até os 100 anos e morou sozinha até os 110. Dizia que azeite na comida, vinho e chocolate a ajudaram a viver mais.

2003
Conclusão do mapeamento genético humano, o que poderá permitir a identificação de genes causadores de doenças.

2008
Recorde na quantidade de pessoas com mais de 110 anos no mundo: 92 supercentenários. Em 1990, eram 28 pessoas. Em 1980, 11.

2010
Expectativa de vida: 68 anos. A japonesa Kama Chinen é atualmente a pessoa mais velha do mundo, com 114 anos.

2015-2020
O mundo terá mais idosos (acima de 65 anos) do que crianças pela primeira vez.

2040
Estimativa de 1,3 bilhão de pessoas com mais de 65 anos – eram 506 milhões em 2008.

Os remédios
As pílulas, injeções e medicamentos que impedirão o envelhecimento das células do seu corpo
Injeções de telomerase
Impedem que as células definhem
Sem telomerase, nossas células correm riscos a cada divisão celular. Durante o processo, os cromossomos presentes nelas podem ser mutilados. Danificadas, as células envelhecem. Doses periódicas de telomerase garantiriam que os cromossomos ficassem inteiros.
Previsão de uso: 2025

Células-tronco
Renovam nosso estoque de células
São células que podem recuperar tecidos danificados e fazer o trabalho de outras que tenham morrido ou sofrido danos (como os gerados na divisão celular). Injeções de células-tronco poderão virar tratamento de rotina em consultórios.
Previsão: 2025

Fome em pílulas
Simulam a falta de alimentos no corpo
A restrição calórica faz com que o corpo entre em alerta, descartando proteínas danificadas e protegendo as células de radicais livres. Remédios que induzem esse estado de alerta já estão em testes com humanos.
Previsão: 2015

Água pesada
Protege as células dos radicais livres
Radicais livres são moléculas que roubam elétrons de outras, danificando-as. Para evitar o “furto”, átomos têm de estar fortemente ligados entre si. Na água, a ligação entre oxigênio e hidrogênio é vulnerável. Se trocamos hidrogênio por deutério, a molécula fica mais resistente. Uma fórmula da água com deutério já está em testes.
Previsão: 2020

Fontes David Sinclair, Ray Kurzweil, Retrotope.
A tecnologia 
As peças e os robôs que vão se incorporar a seu corpo para que ele dure mais
Órgãos artificiais
Peças sobressalentes
Se algum órgão der defeito, bastará criar um novo. Assim: células do paciente são retiradas e cultivadas em laboratório. Com a ajuda de moldes, cria-se o órgão artificial. Bexigas já estão sendo produzidas assim nos EUA.
Previsão: 2015

Nanor Robôs
Faxineiros dentro do corpo
Um exército de robôs-médicos, do tamanho de células, arrumaria os defeitos do nosso organismo. Limparia artérias e destruiria vírus, bactérias e tumores, antes que nosso corpo sofresse qualquer dano. 
Previsão: 2030
Você imortal 
Ninguém vai virar um Matusalém. Nosso corpo continuará jovem e teremos muito trabalho pela frente

1. CORPO
A imortalidade dará a você o corpinho que quiser. Nada de plástica – é que conseguiremos repor tudo o que estiver gasto no corpo. É a perda de células que faz você ter careca e cabelos brancos, por exemplo. Se as repusermos no futuro com injeções de células-tronco, sua cabeleira manterá o viço. Vai dar até para reverter sinais da idade. Nanorrobôs na corrente sanguínea eliminarão toxinas e dejetos que estejam poluindo o corpo. “As pessoas que receberem essas terapias vão se parecer exatamente com os jovens adultos de hoje”, diz Aubrey de Grey, geneticista da Universidade de Cambridge.
2. TRABALHO
Aposentar-se por idade no Brasil significa descansar só nos últimos 10% da vida, em média. Se chegarmos aos 300 anos de idade, a labuta irá até os 270. Isso se o governo quiser pagar aposentadoria. Afinal, você continuará jovem e produtivo o suficiente para pegar no batente. Para não morrer de tédio – de tanto trabalhar na mesma coisa -, o jeito vai ser exercer profissões diferentes. “Será possível ter mais de uma carreira ou aprender vários idiomas. O homem terá uma sabedoria jamais vista”, diz Anders Sandberg, neurocientista da Universidade de Oxford.
3. FAMÍLIA
No mundo dos imortais, só se morrerá por acidentes muito graves e que não possam ser consertados a tempo. Por isso, sua família vai crescer: você vai conviver até com seu tataravô. As famílias vão ficar enormes, até porque as pessoas terão mais casamentos. Hoje os casais brasileiros vivem 11 anos juntos, em média. Um novo casamento acontece cerca de 3 anos depois da separação. Nesse ritmo, chegaríamos aos 500 anos com uns 32 casamentos nas costas.
Manual para viver mais
Não existe lugar com porcentagem maior de centenários do que o arquipélago de Okinawa, no Japão: são 58 em cada 100 mil habitantes. (Em países desenvolvidos, o número fica entre 10 e 20.) Uma das chaves da longevidade é a alimentação com pouco açúcar, gordura e sal – um prato típico leva tofu, peixe e vegetais. Okinawanos têm 80% menos câncer de mama e próstata do que americanos, por exemplo. Veja como você também pode chegar lá.
Alimentação correta
“Uma dieta rica em frutas e legumes antioxidantes (como mamão e cenoura), azeite de oliva, aves e peixes dá 50% mais chance de viver mais”, diz o neurocientista americano Gary Small, diretor do Centro de Pesquisa em Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia, nos EUA. Uma pesquisa feita em Atenas pela Escola de Saúde Pública de Harvard comprova a tese. Gregos que faziam uma dieta semelhante à que Small recomenda viveram 25% mais do que outros.

Estresse
Radiação, calor e frio podem estimular reações de proteção benéficas para o corpo, como a ativação do sistema imunológico. O mais difícil é acertar a dose. “Um pouco do ruim pode fazer bem, mas muito do ruim vai fazer mal”, diz a bióloga Joan Smith-Sonneborn, da Universidade de Wyoming.

Exercícios para o cérebro
Leitura, palavras cruzadas ou jogos de tabuleiro podem diminuir em 30% o risco de mal de Alzheimer, segundo o cientista Gary Small. Mas a questão é polêmica – muitos cientistas alegam que ainda é preciso fazer mais estudos para comprovar a tese.

Sociabilidade
Uma companhia estimula atitudes positivas em relação à vida, como parar de fumar. E vale todo tipo de companhia: parentes, amigos, namorados. O casamento é a relação que dá mais resultado. Uma pessoa idosa e casada que tenha problemas cardíacos vive 4 anos a mais, em média, do que um velhinho saudável e solteiro, segundo um estudo da Universidade de Chicago.

Otimismo
Atitudes mais positivas em relação à vida nos fazem viver mais. Velhinhas com mais esperança eram as que tinham menos problemas cardíacos em um estudo realizado durante 8 anos pela Universidade de Pittsburgh com 100 mil idosas.

Para saber mais
Ending Aging
Aubrey de Grey e Michael Rae, 2007, St. Martin’s Press.

Transcend
Ray Kurzweil e Terry Grossman, 2009, Rodale.

The Okinawa Program
Bradley Willcox, Craig Willcox, Makoto Suzuki, 2002, Three Rivers Press.





Nós estamos condenados a morrer de uma ou outra forma. Mas existe um animal neste planeta que é imortal, ele não pode morrer, mas isto não significa que não envelheça, é algo bem mais estranho e fascinante: quando ele chega a uma determinada idade, rejuvenece.

Trata-se de uma espécie de medusa chamada Turritopsis Nutricula. Ele é um hidrozoário, ou seja, um animalzinho marinho de alguns poucos milímetros e quase transparente. É o único ser vivo que os cientistas descobriram que conseguiu enganar a morte.

Os Turritopsis, quando atingem sua maturidade sexual, revertem completamente seu estado para uma nova puberdade. É como se pela manhã você acordasse como um bebê. Os Turritopsis voltam quase ao zero. Não somente suas características sexuais mudam, senão que, por exemplo, perdem os quase 100 tentáculos que possuem e passam a ter pares renovados.

Eles são os únicos metazoários capazes de reverter completamente a um estágio de imaturidade sexual. Eles realizam isto através de um processo celular de transdiferenciação. Teoricamente, este ciclo pode-se repetir indefinidamente, configurando-se em efetiva imortalidade.

De uma forma similar em que uma serpente perde sua pele sem deixar de ser ela mesma, eles se renovam completamente. Em outras palavras: cresce um novo corpo no interior dele mesmo, mas são sempre o mesmo indivíduo.

Turritopsis não é a única fonte natural de estudos para atingir a imortalidade (ou o mais parecido a ela): no reino vegetal as sementes podem permanecer em suspensão animada durante séculos para depois reviver do nada, uma espécie de álamos que compartilham as raízes e o DNA que podem viver ao menos 80 mil anos.

Cientistas estudam, a partir da sua composição física e biológica, estudar meios de transferir ao homem algumas destas características. Mas as pesquisas estão ainda em estado muito, mas muito remoto. Enquanto ela não chega a um resultado satisfatório a gente se contenta com a imortalidade da alma, certo? Ou com as idas e vindas reencarnatórias.
Se é possível viver para sempre, se você optar por fazê-lo? Você acredita que a ciência vai descobrir a imortalidade, ou que ainda estamos perseguindo um conto de fadas?

Fonte:
Acredite ou Não

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